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    Iraque avança para retomar oeste de Mossul do Estado Islâmico

    DA REUTERS

    19/02/2017 05h55 - Atualizado às 08h13

    Forças militares iraquianas anunciaram nova ofensiva contra a facção terrorista Estado Islâmico (EI) neste domingo (19). Segundo autoridades, o Exército conseguiu retomar vários bairros enquanto avançava do sul para o lado ocidental de Mossul, cidade que ainda está sob controle da milícia.

    O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, no início deste domingo anunciou o início formal da ofensiva terrestre na região, pedindo para as forças iraquianas "respeitarem os direitos humanos" durante a batalha.

    Os combatentes do EI estão sob cerco no oeste de Mossul, juntamente com cerca de 650 mil civis, depois que uma ofensiva apoiada pelos EUA cercou a cidade no mês passado e os forçou a migrar do leste.

    "Mossul seria uma luta dura para qualquer Exército no mundo", disse o comandante das forças das coalizões lideradas pelos EUA, tenente general Stephen Townsend, em um comunicado.

    Os aviões iraquianos deixaram cair milhões de panfletos no lado oeste de Mossul alertando os moradores que a batalha para desalojar o EI era iminente, disse o Ministério da Defesa iraquiano no sábado.

    Neste domingo, ataques com homens-bomba deixaram ao menos cinco mortos e 12 feridos em bairros recentemente retomados do EI na parte oriental de Mossul. As autoridades suspeitam que os terroristas responsáveis pelos ataques tenham vindo de áreas controladas pela milícia.

    Embora seja apoiada pela comunidade internacional, a operação para expulsar o EI de Mossul tem sido alvo de críticas devido à circulação de vídeos que mostram forças iraquianas realizando torturas e assassinatos na cidade.

    Além disso, ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA, que visam enfraquecer a milícia, têm atingido civis.

    Iniciada em outubro do ano passado, a batalha por Mossul é estratégica para enfraquecer o EI. Quando a facção terrorista tomou controle da cidade, em junho de 2014, enfrentando pouca resistência das forças de segurança, ganhou acesso a armas abandonadas pelo Exército e aumentou sua capacidade de recrutar combatentes e arrecadar finanças.

    Com 1,5 milhão de habitantes, Mossul é a segunda maior cidade do Iraque. Teme-se que a ofensiva sobre a cidade deixe milhares de civis vulneráveis a deslocamentos forçados e a serem usados como escudos humanos pelos terroristas do EI.

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