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    Saída da África do Sul de tribunal internacional é ilegal, diz Justiça

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    22/02/2017 09h59

    A decisão do governo da África do Sul de retirar o país do Tribunal Penal Internacional (TPI) é inconstitucional, decretou nesta quarta-feira (22) Phineas Mojapelo, juiz da Suprema Corte.

    O veredicto foi tomado após partidos da oposição acionarem a corte. O ministro da Justiça, Michael Masutha, declarou que o governo ainda pretende retirar o país do TPI e avalia se recorrerá da decisão.

    Jerry Lampen - 03.mar.2011/Reuters
    ORG XMIT: JFL01 The entrance of the International Criminal Court (ICC) is seen in The Hague March 3, 2011. The ICC's chief prosecutor Luis Moreno-Ocampo said on Wednesday he would investigate the violence in Libya after the U.N. Security Council referred the case to the Hague-based war crimes tribunal. The Security Council on Saturday imposed sanctions on Libyan leader Muammar Gaddafi and his family, and referred Libya's crackdown on anti-government demonstrators to the ICC. REUTERS/Jerry Lampen (NETHERLANDS - Tags: CIVIL UNREST POLITICS CRIME LAW)
    Entrada do TPI, em Haia, que julga crimes de guerra e contra humanidade

    A África do Sul decidiu se retirar do tribunal sediado em Haia (Holanda) no ano passado, e o desligamento estava programado para ocorrer em outubro deste ano.

    A decisão foi tomada após uma controvérsia em 2015, em torno de uma visita do ditador Sudão, Omar al-Bashir, à África dos Sul. Bashir conseguiu deixar o país de avião apesar de uma ordem de prisão emitida por autoridades judiciais locais em respeito às acusações do TPI contra ele de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

    Segundo o estatuto do TPI, países signatários são obrigados, quando tiverem oportunidade, a prender pessoas procuradas pelo tribunal. A África do Sul diz que essa regra a impede de atuar como mediador regional.

    Após o anúncio de retirada da África do Sul do TPI, outros dois países africanos, Burundi e Gâmbia, pediram seu desligamento do tribunal. A Rússia também se retirou do TPI em seguida, embora não fosse submetida a sua jurisprudência por nunca ter ratificado sua entrada na corte.

    Desde o início dos trabalhos, em 2003, o TPI abriu 10 investigações, nove delas em países africanos.

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