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    Governo Trump

    Jornalistas não devem usar fontes anônimas, diz Trump

    DE SÃO PAULO

    24/02/2017 13h00 - Atualizado às 13h31

    Em discurso nesta sexta-feira (24) na convenção da União de Conservadores dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a atacar a mídia e defendeu o fim do anonimato de fontes jornalísticas.

    "Eu sou contra as pessoas que inventam histórias e inventam fontes. Eles não deveriam usá-las a não ser que usem o nome de alguém", declarou o republicano. "Vocês verão as notícias desaparecerem como nunca antes."

    Kevin Lamarque/Reuters
    U.S. President Donald Trump is welcomed prior to addressing the American Conservative Union's annual Conservative Political Action Conference (CPAC) in National Harbor, Maryland. U.S., February 24, 2017. REUTERS/Kevin Lamarque ORG XMIT: WAS101
    Donald Trump discursa na convenção de conservadores em National Harbour, Maryland

    Desde o início de seu mandato, em 20 de janeiro, Trump vem travando uma guerra com a mídia, fazendo ataques constantes ao que considera serem "notícias falsas".

    Trump foi ovacionado na convenção de conservadores, realizada em National Harbour, Maryland. Um ano atrás, sob enorme pressão de adversários no interior do partido republicano, o então pré-candidato à Presidência não foi ao encontro.

    O presidente disse ser "o maior" defensor da liberdade de expressão, afirmando que, se a mídia tem liberdade para escrever histórias contra ele, ele tem o direito de criticar duramente as "pessoas desonestas" que inventam "notícias falsas".

    "Eu não sou contra a imprensa (...) Sou apenas contra a mídia ou imprensa de notícias falsas," afirmou Trump, diante de uma plateia entusiasmada que repetidas vezes interrompeu o presidente aos gritos de "USA! USA!".

    Um opositor foi hostilizado pelo público e retirado da convenção por seguranças.

    O republicano voltou a celebrar sua vitória nas eleições de novembro, dizendo ser algo "como nunca se viu antes". Ele disse ter angariado o apoio de vários eleitores de Bernie Sanders, derrotado por Hillary Clinton nas prévias do Partido Democrata.

    "O fato é: eu gosto do Bernie Sanders", declarou o presidente, acrescentando que o socialista "tinha razão" ao criticar o livre comércio.

    Trump disse que sua eleição foi uma vitória do "povo americano esquecido", e afirmou que de agora em diante o Partido Republicano "será o partido do trabalhador americano".

    Ele disse que irá colocar os interesses dos americanos "em primeiro lugar". "Eu não estou representando o mundo inteiro, estou representando este país."

    O republicano aproveitou o discurso para repetir promessas de campanha, como construir de um "grande muro" na fronteira com o México –cujas obras disse estarem "adiantadas"–, descartar acordos de abertura comercial e desmontar o programa de saúde acessível Obamacare.

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