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    EUA cancelam reunião com Coreia do Norte após morte de irmão de ditador

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/02/2017 10h52

    Um encontro previsto em Nova York entre representantes da Coreia do Norte e ex-funcionários do governo americano foi cancelado após o assassinato de Kim Jong-nam, o meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un, informa a imprensa dos Estados Unidos.

    A reunião, não oficial, que aconteceria na próxima semana, foi cancelada depois que o Departamento de Estado se recusou a conceder vistos a diplomatas procedentes de Pyongyang, afirma o jornal "The Washington Post", que cita fontes não identificadas próximas à decisão.

    Jung Yeon-Je/AFP
    People watch a television showing news reports of Kim Jong-Nam, the half-brother of North Korean leader Kim Jong-Un, at a railway station in Seoul on February 14, 2017. Kim Jong-Nam, the half-brother of North Korean leader Kim Jong-Un has been assassinated in Malaysia, South Korean media reported on February 14. / AFP PHOTO / JUNG Yeon-Je
    Pessoas assistem em Seul à notícia sobre morte de Kim Jong-nam, irmão do ditador norte-coreano

    Se tivesse acontecido, teria sido o primeiro encontro entre os dois países no território dos Estados Unidos em mais de cinco anos.

    O encontro havia sido organizado por Donald Zagoria, dirigente do National Committee on American Foreign Policy que, segundo o "Wall Street Journal", já havia participado em conversações prévias extraoficiais com a Coreia do Norte.

    Os dois jornais informaram que a delegação norte-coreana seria liderada por Choe Son Hui, diretor do departamento de assuntos americanos no ministério das Relações Exteriores de Pyongyang.

    Os representantes de Washington seriam Robert Gallucci, que foi o principal negociador americano durante a crise nuclear da Coreia do Norte de 1994, e Victor Cha, responsável por questões asiáticas no Conselho de Segurança Nacional de George W. Bush, segundo o "Wall Street Journal".

    Os planos para as conversas extraoficiais já haviam sido prejudicados por um lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte no início do mês.

    O "Washington Post" afirma que o governo dos Estados Unidos decidiu cancelar as conversações depois que a polícia da Malásia confirmou que Kim Jong-Nam foi assassinado com VX, um agente neurotóxico fabricado como arma química e considerado pela ONU uma arma de destruição em massa.

    Aos 45 anos, Kim Jong-nam morreu em 13 de fevereiro a caminho do hospital após ser atacado por duas mulheres no aeroporto internacional de Kuala Lumpur.

    Editoria de Arte/Folhapress

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