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    Comitê aprova suspender imunidade de Le Pen por incitação ao terrorismo

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/02/2017 20h12

    A Comissão de Assuntos Legais do Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (28) a suspensão da imunidade de Marine Le Pen, presidenciável da extrema direita da França, para que seja investigada por incitação ao terrorismo.

    O aval é concedido a pedido da Promotoria francesa, que desde dezembro de 2015 a investiga por publicar imagens fortes de assassinatos feitos pela facção terrorista Estado Islâmico em uma rede social.

    Geoffroy Van Der Hasselt/AFP
    A candidata da extrema direita da França, Marine Le Pen, visita a Feira Agrícola de Paris nesta terça
    A candidata da extrema direita da França, Marine Le Pen, visita a Feira Agrícola de Paris nesta terça

    A autorização para a investigação recebeu o apoio de 18 dos 21 membros da comissão. Agora, o pedido deverá ser votado no plenário do Legislativo europeu, e a expectativa é que seja novamente aprovado.

    Nas três imagens que mostrou nas redes sociais sob o título "Isto é Daesh!" [acrônimo em árabe do Estado Islâmico], havia três homens com uniforme laranja —roupa que os extremistas obrigam seus prisioneiros a vestir.

    Um deles aparece esmagado por um tanque de guerra, outro queimando em uma jaula e um terceiro decapitado, com o corpo separado de sua cabeça. Acredita-se que o terceiro seja James Foley, morto em agosto de 2014.

    A publicação das fotos viola uma lei francesa que proíbe a exibição de imagens violentas ou que incitem o terrorismo. Se for condenada, ela poderá pegar até três anos de prisão e receber uma multa de até € 75 mil (R$ 247 mil).

    O caso, no entanto, não deverá ser julgado até o fim das eleições francesas, da qual Le Pen é favorita a ser líder no primeiro turno. Também não permite que ela seja interrogada sobre a acusação de existirem funcionários fantasmas em seu gabinete.

    Na sexta (24), ela usou sua imunidade parlamentar para se negar a prestar depoimento à polícia sobre o caso. Dias antes, os agentes apreenderam documentos na sede de seu partido, a Frente Nacional, em Nanterre.

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