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    Odebrecht deve deixar projetos no Peru em até seis meses, diz PPK

    SYLVIA COLOMBO
    DE BUENOS AIRES

    06/03/2017 11h40 - Atualizado às 21h34

    No Peru, um dos 12 países na América Latina onde a construtora Odebrecht também confessou ter oferecido propina, o presidente Pedro Pablo Kuczynski declarou que a empresa brasileira terá de deixar as obras que vinha tocando.

    "É um tema complexo porque é uma empresa muito grande que tem várias obras em andamento no Peru e, obviamente, o que deve haver é uma saída gradual", disse o mandatário, em entrevista ao jornal "La República" publicada no domingo (5).

    Sebastian Castaneda - 12.jan.2017/Reuters
    Manifestantes carregam um caixão com a palavra Odebrecht em protesto contra corrupção em Lima
    Manifestantes carregam um caixão com a palavra Odebrecht em protesto contra corrupção em Lima

    Questionado sobre quanto tempo a saída poderia demorar, PPK disse que "seis meses, talvez menos". No país há 40 anos, a Odebrecht é investigada em um escândalo que envolve os três últimos presidentes. A Procuradoria denunciou nesta segunda um deles, Alan García (1985-1990 e 2006-2011).

    A Folha apurou que a Odebrecht vem tratando com o governo peruano uma "venda de ativos", e não uma saída completa do país; a empresa continuaria no Peru como "prestadora de serviços".

    Em dezembro, a empreiteira reconheceu ter pagado US$ 29 milhões em subornos a autoridades no Peru entre 2005 e 2014.

    A construtora enviou a seguinte declaração à Folha: "A Odebrecht Peru vem cooperando com as autoridades desse país para o avanço de investigações em curso."

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