• Mundo

    Wednesday, 01-May-2024 12:51:33 -03

    Sobe para 29 número de adolescentes mortas em abrigo na Guatemala

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/03/2017 13h26

    Luis Soto/Associated Press
    A sign that reads in Spanish: "Guatemala is not a safe home," hangs from the front gate of Presidential House above an artists' installation made of charred-stained dolls, in remembrance of the victims of a fire at a youth children, in Guatemala City, Thursday, March 9, 2017. Hospital officials say the death toll in the Wednesday morning fire at the Virgin of the Assumption Safe Home has risen to 28 after several more girls died overnight of severe burns. (AP Photo/Luis Soto)
    Cartaz com a frase "Guatemala não é um lar seguro" é deixado no portão da Casa Presidencial

    O número de adolescentes mortas no incêndio de um abrigo superlotado em San José Pinula, perto da Cidade da Guatemala, aumentou para 29 nesta quinta-feira (9), após a morte de jovens que estavam internadas, informaram fontes de saúde.

    De acordo com a assessoria de imprensa dos hospitais San Juan de Dios e Roosevelt, as menores faleceram pela gravidade das queimaduras que sofreram após o acidente de quarta-feira no Lar Seguro Virgem de Assunção, em San José Pinula.

    "Eu trabalho nisto há 29 anos e o que vi ontem era cena dantesca", disse Juan Antonio Villeda, diretor do hospital San Juan de Dios, onde 17 jovens estavam internadas com queimaduras de primeiro e segundo graus.

    As causas do incêndio serão apuradas. Segundo a Procuradoria dos Direitos Humanos, uma das hipóteses seria a de denunciar abusos sexuais e maus-tratos sofridos pelas internas.

    Como sinal de repúdio e para denunciar uma suposta negligência das autoridades, um grupo de ativistas de direitos humanos jogou carvão e colocou bonecas em frente à Casa Presidencial.

    "Como não puderam perceber [o incêndio] para poder salvá-las a tempo se a fumaça é vista rapidamente?", perguntou o tio de uma menor de 15 anos morta no incêndio e identificada por teste de DNA.

    "Em meus 13 anos de carreira, nunca vi nada como isto. É trágico", declarou Carlos Soto, diretor do Hospital Roosevelt, descrevendo as severas queimaduras nos pulmões, garganta e pele sofridos pelas jovens.

    O abrigo acolhe, por ordem judicial, menores de 18 anos vítimas de violência doméstica ou que foram resgatados das ruas. O centro tem capacidade para 400 menores, mas existem mais de 500 atualmente.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024