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    Presidente sul-coreana deixa palácio presidencial dois dias após destituição

    DA AFP

    12/03/2017 09h41

    Choi Jae-koo/Associated Press
    Ousted South Korea's former President Park Geun-hye, center, arrives at her private home in Seoul, South Korea, Sunday, March 12, 2017. Park on Sunday expressed defiance toward the corruption allegations against her as she vacated the presidential palace and returned to her home two days after the Constitutional Court removed her from office. (Choi Jae-koo/Yonhap via AP) ORG XMIT: XSEL801
    A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye chega a sua residência, em Seul

    A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, deixou o palácio presidencial neste domingo (12), dois dias após ser destituída pela Corte Constitucional, abrindo uma nova página na história do país.

    Park deixou a Casa Azul às 7h (horário de Brasília) e foi para a sua residência particular, localizada no sul de Seul, onde centenas de simpatizantes se reuniram para protestar contra a decisão da Corte Constitucional, de acordo com a agência de notícias Yonhap.

    Imagens transmitidas ao vivo pela televisão sul-coreana mostraram uma limusine preta deixando a Casa Azul, o palácio presidencial, escoltada por dezenas de policiais em motocicletas.

    "A presidente Park Geun-Hye acaba de deixar a Casa Azul para a sua residência privada. Nenhuma declaração foi feita à sua partida", informou um porta-voz da presidência, Kim Dong-Jo.

    Cerca de 800 policiais também foram mobilizados para prevenir atos de violência nos arredores, após protestos de partidários e opositores da presidente deixaram três mortos em confrontos com as forças de segurança nos últimos dias.

    A Corte Constitucional confirmou na sexta-feira (10) a destituição de Park, votada em dezembro pela Assembleia Nacional, efetivando a sua saída do poder. Os juízes entenderam que Park infringiu a lei ao permitir que sua amiga e confidente Choi Soon-Sil se intrometesse nos assuntos de Estado e violou as regras do serviço público.

    Primeira presidente democraticamente eleita a ser destituída, Park preferiu se manter reclusa na Casa Azul e não se pronunciou após a decisão da Corte.

    UNIÃO

    A confirmação da sua destituição a priva de todos os seus poderes e privilégios, exceto em termos de segurança. A perda de sua imunidade política também a expõe a possíveis ações legais.

    Uma nova eleição presidencial deve ser organizada no prazo de 60 dias, a contar da decisão da Corte Constitucional. A imprensa local aponta para 9 de maio como a data mais provável para a votação.

    No início do dia, Moon Jae-In, apontado como favorito para suceder a presidente deposta, apelou para a união para fazer seu país entrar em uma "nova história".

    Moon, ex-líder do Partido Democrata, partido da oposição, é o grande favorito nas pesquisas, com o apoio de 36% dos eleitores nas últimas pesquisas.

    "Se o poder de velas nos levou até aqui, agora temos de trabalhar juntos para completar a vitória", declarou Moon durante uma coletiva de imprensa neste domingo, referindo-se às manifestações semanais dos últimos meses, durante às quais os participantes carregando velas pediam o impeachment de Park.

    "A Coreia do Sul vai entrar numa nova história através de uma mudança de regime", acrescentou.

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