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    'Paciência estratégica' com a Coreia do Norte acabou, diz secretário de Trump

    DAS AGÊNCIAS DA NOTÍCIAS

    17/03/2017 06h28 - Atualizado às 10h30

    Lee Jin-man/Associated Press
    Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson (direita), ao lado do comandante sul-coreano Leem Ho-young (centro)
    Rex Tillerson (à dir.) com militares sul-coreanos durante visita à fronteira entre as duas Coreias

    A política da "paciência estratégica" dos EUA com a Coreia do Norte chegou ao fim, disse nesta sexta-feira (17) o secretário de Estado, Rex Tillerson, durante visita à Coreia do Sul.

    O principal diplomata do governo Donald Trump afirmou que o uso de forças militares será uma opção caso o regime norte-coreano "eleve a ameaça do seu programa de armas a um nível que os EUA acreditem que exigem uma ação".

    "Deixe-me ser bem claro. A política de paciência estratégica terminou. Estamos explorando um novo leque de medidas diplomáticas e de segurança", acrescentou, ao ressaltar que as ameaças à Coreia do Sul requerem uma resposta apropriada.

    Segundo Tillerson, os EUA estão explorando novas medidas econômicas, diplomáticas e de segurança e contra o país asiático.

    Ele iniciou na quarta-feira (15) sua primeira visita oficial à Ásia com o objetivo de encontrar uma nova estratégia para lidar com a Coreia do Norte, depois de duas décadas de esforços frustrados para frear as investidas nucleares do regime. A viagem começou no Japão e se encerra neste sábado (18) na China.

    Após as declarações do secretário de Estado, o presidente Donald Trump disse em uma rede social: "Coreia do Norte está se comportando muito mal. Eles têm brincado com os EUA há anos. China tem feito pouco para ajudar!".

    Desde o início de 2016, o regime do ditador Kim Jong-un realizou dois testes nucleares e lançou dezenas de mísseis balísticos. Apenas na última semana, foram quatro lançamentos. Especialistas acreditam que, em alguns anos, a Coreia do Norte desenvolverá mísseis nucleares com capacidade de alcançar os Estados Unidos.

    CHINA

    O secretário americano tem instado a China a aplicar sanções à Coreia do Norte. Tillerson também quer que o governo chinês retire a punição aplicada à Coreia do Sul por ter posicionado um sistema antimíssil americano.

    A China alega que o sistema de radar representa uma ameaça à sua segurança, apesar de a Coreia do Sul ter garantido que o sistema tem o único de objetivo de proteger o país contra ataques da Coreia do Norte.

    Além de apelar para que a Coreia do Norte pare com testes nucleares e balísticos, a China quer que os EUA e a Coreia do Sul encerrem os exercícios militares conjuntos e procurem o diálogo com o regime em Pyongyang.

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