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    Erdogan pede a turcos na Europa que formem famílias numerosas

    DA AFP

    17/03/2017 12h51

    Murat Cetinmuhurdar/Presidential Press Service/Associated Press
    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa em Eskisehir, onde pediu que turcos que vivem na Europa tenham cinco filhos
    Recep Tayyip Erdogan discursa em Eskisehir, onde pediu a turcos na Europa que tenham cinco filhos

    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta sexta-feira (17) a todos os turcos da diáspora na Europa que formem famílias numerosas, considerando que esta seria a melhor resposta ante a discriminação.

    "Eduquem seus filhos nas melhores escolas, assegurem-se que suas famílias vivam nos melhores lugares, conduzam os melhores veículos, vivam nas melhores casas e tenham cinco filhos, não apenas três", afirmou Erdogan, durante discurso em Eskisehir, ao sul de Istambul.

    "É a melhor resposta ante a má educação e a hostilidade", afirmou.

    Erdogan destacou as discriminações que sofrem, segundo ele, os turcos e ainda mais os muçulmanos na Europa desde o início da crise diplomática com países europeus.

    Em especial, Alemanha e Holanda proibiram de participar em seus territórios os ministros turcos que militavam em favor do plebiscito de 16 de abril na Turquia, no qual Erdogan busca ampliar seus poderes.

    A diáspora turca na Europa conta com pelo menos 2,5 milhões de pessoas que têm direito a votar nas eleições turcas.

    No ano passado, o presidente turco, que tem quatro filhos, disse que as mulheres turcas deveriam ter pelo menos três filhos, irritando militantes dos direitos das mulheres.

    REFUGIADOS

    Em mais uma ameaça do governo turco em relação ao acordo imigratório com a União Europeia que freia o avanço de refugiados sírios, o ministro do Interior disse nesta quinta-feira (16) que a Turquia pode deixar 15 mil refugiados por mês passarem rumo à Europa.

    "Se vocês quiserem, podemos abrir a passagem para os 15.000 refugiados que não enviamos a vocês [União Europeia] a cada mês e deixá-los sem fôlego", afirmou Süleyman Soylu, segundo a agência estatal Anadolu.

    Nesta semana, o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, já havia dito que a Turquia poderia abandonar o acordo com a UE.

    O acirramento das tensões entre a Turquia e a Europa ocorre após diversos países, incluindo a Holanda, proibirem a entrada de autoridades turcas que participariam de comícios pró-Erdogan.

    A Turquia realizará em 16 de abril um plebiscito constitucional sobre a ampliação dos poderes presidenciais, almejada há anos por Erdogan.

    O governo turco vem buscando promover comícios na Europa para convencer imigrantes turcos no continente a votarem a favor de Erdogan.

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