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    Trump 'não ouviu' pedido de aperto de mãos com Merkel, diz porta-voz

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/03/2017 12h40

    Jonathan Ernst/Reuters
    A chanceler alemã, Angela Merkel, se reúne com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington, nesta sexta
    A chanceler alemã, Angela Merkel, se reuniu com Donald Trump, na Casa Branca, na sexta (17)

    O porta-voz de Donald Trump desmentiu que o presidente americano tenha se negado deliberadamente a apertar a mão de Angela Merkel, diante das câmeras na sexta-feira (17) durante um encontro em Washington.

    "Acho que ele não ouviu a pergunta" da chanceler alemã, declarou neste domingo Sean Spicer ao site da revista alemã "Der Spiegel".

    Na sexta-feira, quando os dois líderes estavam sentados lado a lado no Salão Oval da Casa Branca, Merkel propôs a Donald Trump, a pedido dos fotógrafos, mais um aperto de mãos, mas o presidente americano não respondeu ao pedido.

    O fato de o presidente dos Estados Unidos não ter ouvido ou ter ignorado a proposta de Angela Merkel foi considerado pelos meios de comunicação alemães como sintomático da atmosfera geral do encontro, durante o qual apareceram claramente as divergências entre os dois líderes, seja sobre a imigração, o comércio ou os gastos militares da Otan.

    O jornal "Bild" considerou neste domingo "improvável" que Donald Trump não tenha ouvido o pedido da chanceler, sentada ao lado dele, e destaca que durante toda a reunião o presidente americano não dirigiu seu olhar a ela.

    Aperto de mão

    OTAN

    Também neste domingo (19), a Alemanha negou as acusações de Trump, sobre uma suposta dívida com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) devido a gastos militares insuficientes.

    "Não existe uma conta onde são registradas dívidas na Otan", declarou a ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen em um comunicado divulgado neste domingo.

    A ministra acrescentou que os gastos não devem ser o único critério para medir os esforços militares da Alemanha.

    Trump criticou a Alemanha no sábado (18), afirmando em um tuíte que este país deve pagar mais pela proteção militar que recebe da Otan e dos Estados Unidos.

    "A Alemanha deve enormes somas de dinheiro à Otan e os Estados Unidos devem receber um pagamento maior pela poderosa e muito onerosa defesa que fornecem à Alemanha", tuitou o presidente americano um dia depois de se reunir com a chanceler alemã na Casa Branca.

    Na reunião, Merkel reafirmou que seu país respeitará o compromisso fechado na Otan em 2014, que prevê que os países membros aumentem seus gastos militares a 2% do PIB em um prazo de dez anos.

    A Alemanha contribui atualmente com 1,2% e são poucos os países da Otan que chegam a 2%.

    Neste domingo, a ministra da Defesa afirmou que o prometido aumento dos gastos militares não envolve apenas a Otan. "Querer vincular os 2%, que queremos alcançar na metade da próxima década, apenas com a Otan é errado", declarou.

    Os gastos militares também estão destinados "às nossas missões de paz no âmbito da ONU, as nossas missões europeias e a nossa contribuição na luta contra o Estado Islâmico", argumentou a ministra.

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