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    Relatório pedia aumento da segurança na região do ataque em Londres

    LARA STAHLBERG
    COLABORAÇÃO PARA FOLHA, EM LONDRES

    22/03/2017 17h45

    Ampliar a segurança no rio Tamisa, na região onde ocorreram os ataques desta quarta-feira (22) era uma das recomendações em relatório feito a pedido do prefeito de Londres, Sadiq Kahn, logo que assumiu o cargo.

    O documento, lançado em outubro do ano passado, foi feito pelo pelo lorde Toby Harris e incluiu 127 sugestões. De acordo com a análise, não seria necessário aumentar o efetivo atual, que é de 600 policiais armados, mas adotar medidas para melhorar a vigilância e a agilidade na resposta a eventuais problemas.

    Em uma medida alinhada com essa recomendação, no último domingo (19), o Serviço de Polícia Metropolitano, juntamente com os serviços de emergência, realizou o primeiro exercício conjunto ao vivo para testar a sua resposta a uma ameaça terrorista no rio Tâmisa.

    Entre as 9h e as 13h, mais de 200 atletas e policiais participaram da simulação, chamada de "Exercício Âncora".

    O cenário envolveu um grupo de terroristas sequestrando um barco de passeio no Tâmisa e tomando reféns e foi concebido para testar os protocolos de resposta e de comando e controle dos serviços de emergência.

    Os oficiais também usaram a oportunidade para trabalhar com cães de busca treinados pela Marinha para atuar a bordo de navio.

    De acordo com o comandante da Polícia Metropolitana, foi a primeira vez que se testou em conjunto a resposta a um potencial ataque terrorista com as várias agências que operam no rio Tâmisa.

    "Gostaria de salientar que este cenário não se baseou em nenhuma inteligência específica, mas é importante lembrar que o nível de ameaça para o terrorismo internacional no Reino Unido permanece alto", afirmou ele na ocasião.

    "Este tipo de exercício demonstra que, se um evento terrível acontecer de verdade, Londres está pronta para responder da maneira mais eficiente e eficaz possível."

    O lorde Harris afirmou que a qualidade e a eficiência do trabalho dos serviços de inteligência e da polícia antiterrorista estavam entre as melhores do mundo.

    "No entanto, um ataque terrorista grave permanece altamente possível e não podemos ser complacentes", declarou quando o relatório foi lançado.

    "Londres precisa se tornar uma cidade onde a segurança e a resiliência são projetadas e fazem parte do tecido da cidade, e onde todos os que vivem e trabalham aqui veem isso como sua responsabilidade, tanto quanto é para os serviços de emergência e autoridades cívicas."

    As recomendações do documento incluíam um projeto-piloto de uso de tecnologias para que alertas fossem enviados à população no caso de um ataque e também o uso de câmeras de vigilância facilmente acessíveis em caso de emergência.

    Desde 2014 o Reino Unido trabalhava com risco "severo" de uma ação terrorista, considerada altamente provável.

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