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    EUA investigam se ataques aéreos mataram 200 civis em Mossul

    DE SÃO PAULO

    24/03/2017 23h35

    Felipe Dana/Associated Press
    Moradores da zona oeste de Mossul carregam corpos de civis mortos após ataque aéreo
    Moradores da zona oeste de Mossul carregam corpos de civis mortos após ataque aéreo

    A coalizão liderada pelos Estados Unidos contra a facção terrorista Estado Islâmico afirmou nesta sexta-feira (24) que investiga os relatos de que bombardeios teriam matado cerca de 200 civis em Mossul, no norte do Iraque.

    A segunda maior cidade iraquiana é palco de uma batalha entre as forças de Bagdá, apoiadas pela coalizão internacional, e a milícia terrorista. Cada vez mais enfraquecida em Mossul, a facção se concentra na zona oeste da cidade.

    Os relatos de civis mortos após os ataque aéreos são similares aos reportados na Síria. Na semana passada, as forças militares dos EUA admitiram a realização de um bombardeio que atingiu uma mesquita na província de Aleppo e deixou 46 mortos —segundo os EUA, porém, a mesquita não era o alvo, e sim posições da rede terrorista Al Qaeda.

    Cerca de 2.000 militantes, segundo uma estimativa da coalizão, estão escondidos na zona oeste de Mossul em meio a 700 mil civis. Combatentes estão usando a maioria desses reféns civis como escudos humanos, ao mesmo tempo em que forçam alguns a fugir para acobertar a movimentação de suas tropas.

    A queda de Mossul será o maior golpe já sofrido pela facção, em grande medida rompendo seu controle de território no Iraque e encerrando seu domínio de metade do "califado", que, em seu auge, se estendeu do norte da Síria ao oeste do Iraque.

    Maior cidade em território do Estado Islâmico, Mosul garantia ao grupo recursos financeiros consideráveis obtidos da cobrança de impostos da população, fábricas para a manufatura de armas e espaço para seus homens se reunirem livremente.

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