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    Governo Trump

    Associação Mundial de Jornais pede que Trump pare de atacar a imprensa

    DE SÃO PAULO

    27/03/2017 22h26

    Em carta endereçada ao presidente americano, mais de 40 editores e diretores-executivos de meios de comunicação de 25 países pediram que Donald Trump pare de atacar a imprensa.

    A Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA, na sigla em inglês) afirma estar "profundamente preocupada com os recentes comentários feitos pelo senhor [Trump] e pela sua administração em relação a meios de comunicação".

    O órgão cita ainda o episódio no qual jornalistas de quatro veículos críticos ao governo foram barrados da entrevista diária dada pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em fevereiro.

    Yuri Gripas - 24.fev.2017/Reuters
    Jornalistas deixam a sala de imprensa da Casa Branca após o governo barrar repórteres críticos
    Jornalistas deixam sala de imprensa da Casa Branca após governo barrar repórteres críticos

    "Nós lembramos ao senhor que este é o papel de uma imprensa livre, protegida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos e o Artigo 19 da Declaração Universal dos Diretos Humanos e do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, para submeter governantes e as ações de cargos eleitos aos mais altos padrões de escrutínio."

    O documento destaca o tuíte em que Trump classificou o jornal "The New York Times" e as redes CNN, NBC, ABC e CBS de "imprensa de notícias falsas" e "inimigo do povo americano".

    Tuíte de Trump

    "É muito contraproducente ver o presidente dos Estados Unidos da América alimentando antagonismo em direção às organizações de mídia ao rotulá-los —erroneamente— de 'fake news'. Na realidade, as organizações citadas pelo senhor nesse tuíte em particular aderem aos mais altos padrões éticos e profissionais, e é insincero sugerir que elas contribuem para a atual epidemia de 'fake news'", afirma a carta.

    "Nós pedimos que você reconsidere a linguagem que usa para melhor refletir isso e para assegurar que os canais do poder permaneçam abertos e acessíveis a toda a mídia", finaliza o documento.

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