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    Presidenciável opositor é agredido em jogo do Equador pelas eliminatórias

    DE SÃO PAULO

    29/03/2017 19h30

    O candidato opositor à Presidência do Equador Guillermo Lasso foi agredido nesta terça-feira (28) ao sair do Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, depois da derrota da seleção equatoriana de futebol para a Colômbia por 2x0 pelas eliminatórias da Copa-2018.

    Um grupo de pessoas atirou pedras, garrafas, cornetas e chutou o presidenciável e parte de sua comitiva, que incluía a mulher, María de Lourdes, o filho, Santiago, e o secretário-geral do partido opositor Creo, César Monge.

    Rodrigo Buendía/AFP
    O candidato opositor Guillermo Lasso acena na arquibancada do Estádio Atahualpa, em Quito
    O candidato opositor Guillermo Lasso acena na arquibancada do Estádio Atahualpa, em Quito

    "O episódio de ontem foi inusitado, impensável. O último reduto da união nacional é o apoio à tricolor e assim como todos os equatorianos fomos ao estádio e pudemos presenciar atos violentos", disse Lasso nesta quarta (29).

    A agressão foi gravada por Santiago, e publicada em uma rede social. "Foram realizados por um grupelho de mercenários, bandidos, estrangeiros trazidos com este propósito, preparados para atividades militares de violência urbana".

    Lasso

    Para Lasso, o escrache foi armado por militantes radicais da Alianza País, partido do presidente Rafael Correa e de Lenín Moreno, quem enfrentará no segundo turno das eleições presidenciais, no próximo domingo (2).

    O opositor não mencionou de que nacionalidade seriam os estrangeiros. O opositor considera que a Federação Equatoriana de Futebol foi cúmplice da agressão e apresentará uma queixa à Fifa pela confusão na saída do Atahualpa.

    Embora tenha isentado o governista de culpa, criticou-o por acirrar a divisão política. "O senhor atravessou a linha da política para o lado pessoal. O senhor enche a boca para falar povo, mas se hospeda em um hotel de US$ 2.000."

    Lenín Moreno condenou a agressão ao opositor, em uma rede social. "Nenhuma expressão de intolerância é aceitável, venha de onde vier. Nós condenamos os atos de violência na saída do estádio."

    O caso aumenta a tensão nos últimos dias de campanha. Na última pesquisa do instituto Cedatos, divulgada no dia 21, Moreno reverteu a desvantagem para Lasso e apareceu com 52,4% das intenções de voto, contra 47,6%.

    O opositor levava vantagem nos levantamentos desde o fim do primeiro turno, vencido por Moreno, com 39,21% dos votos, e no qual Lasso ficou em segundo, com 28,35%.

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