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    Plebiscito britânico

    Haverá pressão por transparência no 'brexit', diz ombudsman da UE

    DIOGO BERCITO
    ENVIADO ESPECIAL A EDIMBURGO (ESCÓCIA)

    31/03/2017 02h00

    Oli Scarff - 29.mar.2017/AFP
    Manifestantes contrários ao "brexit" protestam em frente ao Parlamento britânico na quarta-feira (29)
    Manifestantes contrários ao "brexit" protestam em frente ao Parlamento britânico na quarta-feira (29)

    As negociações do "brexit" devem ocorrer a portas fechadas, mas haverá pressão por transparência, diz à Folha a irlandesa Emily O'Reilly, a ombudsman da União Europeia.

    Sua equipe será responsável por pressionar negociadores europeus a divulgar seus planos e prestar contas. "As pessoas não querem acordar daqui a dois anos e descobrir, como fato consumado, o que vai acontecer", diz. "Querem ter uma ideia durante o processo. O que está acontecendo é enorme."

    O'Reilly ocupa desde 2013 o cargo de ombudsman, de alto escalão dentro da burocracia europeia. Baseada em Estrasburgo, no leste francês, recebe denúncias de cidadãos contra instituições do bloco.

    O "brexit", diz ela, será uma de suas preocupações. "Negociadores não poderão ir a uma sala e discutir de maneira imune. As regras mudaram com as redes sociais."

    Movimentos populistas, como o que decidiu o "brexit", culpam o bloco pelas mazelas de seus países. É uma perspectiva que pode influenciar também as eleições francesas, em abril e maio. Há chance de vitória do partido eurocético e xenófobo Frente Nacional, de Marine Le Pen.

    "Muitas pessoas não gostam da União Europeia e querem desmantelá-la", diz. "É importante que sejamos tão transparentes quanto possível no que fazemos."

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