• Mundo

    Saturday, 18-May-2024 03:18:17 -03

    Casa Branca diz não ver paz na Síria se Assad continuar no poder

    DE SÃO PAULO

    10/04/2017 21h49

    O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, declarou nesta segunda (10) que "não imagina uma Síria estável e pacífica com Bashar al-Assad no poder" e que os EUA "estão abertos" a promover novas ações militares contra Damasco.

    A declaração é a primeira de Spicer desde o ataque aéreo americano contra uma base aérea síria na madrugada de sexta (noite de quinta, 6, em Brasília) e corrobora a posição da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.

    Rodi Said - 9.abr.2017/Reuters
    Rebelde sírio faz patrulha ao lado de aviões destruídos na base aérea de Tabqa, perto de Raqqa
    Rebelde sírio faz patrulha ao lado de aviões destruídos na base aérea de Tabqa, perto de Raqqa

    Com isso, a estratégia de Washington fica um pouco mais clara, já que antes o secretário de Estado, Rex Tillerson, afirmara que a prioridade dos EUA no país não era o fim do regime de Assad e sim o combate ao Estado Islâmico.

    Pesquisa divulgada nesta segunda pelo instituto Gallup mostra que 50% dos americanos apoiam a ação e 41% a reprovam.

    A aprovação é a segunda mais baixa registrada logo após uma ação militar dos EUA em 24 anos (contra a Líbia, era de 47%). A polarização fica clara: entre os republicanos a aprovação é de 82%, contra 33% entre os democratas. A pesquisa ouviu 1.015 adultos nos dias 7 e 8 e tem margem de erro de quatro pontos a mais ou a menos.

    A decisão dos EUA de atacar o governo Assad —a primeira ação militar do país contra o regime sírio desde o início da guerra, em 2011— foi tomada após um ataque com gás matar ao menos 80 pessoas em Khan Shaykhun no dia 4.

    Washington acusa Damasco de ser o autor do ataque com armas químicas, o que o regime nega.

    Desde a ação de sexta, porém, assessores de Trump haviam dado declarações contraditórias sobre a posição dos EUA em relação ao ditador sírio.

    Tillerson, que se reuniu nesta segunda com seus colegas do G7, será recebido na quarta (12) por Sergei Lavrov em Moscou. A Síria, que dominou o debate do grupo de potências, deve monopolizar o encontro dos dois chanceleres.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024