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    EUA lançam 'mãe de todas as bombas' em esconderijo do EI no Afeganistão

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    13/04/2017 14h25 - Atualizado às 21h16

    Associated Press
    This photo provided by Eglin Air Force Base shows the GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast bomb. The Pentagon says U.S. forces in Afghanistan dropped the military's largest non-nuclear bomb on an Islamic State target in Afghanistan. A Pentagon spokesman said it was the first-ever combat use of the bomb, known as the GBU-43, which he said contains 11 tons of explosives. The Air Force calls it the Massive Ordnance Air Blast bomb. Based on the acronym, it has been nicknamed the "Mother Of All Bombs." (Eglin Air Force Base via AP) ORG XMIT: WX106
    A "mãe de todas as bombas", usada pelos EUA em ataque ao Estado Islâmico

    Os EUA lançaram no Afeganistão nesta quinta (13) sua mais potente bomba não nuclear, anunciou o Pentágono.

    A operação ocorre em meio a um escalonamento da retórica militar americana e de ações em campo.

    Nos últimos dias, o governo de Donald Trump promoveu um ataque contra o governo sírio –o primeiro na guerra que se arrasta há seis anos–, reiterou ameaças à Coreia do Norte e declarou que sua relação com a Rússia está no pior momento.

    A GBU-43/B –conhecida como "mãe de todas as bombas" em um trocadilho com a sigla "moab" (que pode representar a expressão "mother of all bombs" ou o acrônimo em inglês para munição maciça para explosão no ar)– foi lançada de um avião MC-130 na província de Nangarhar, numa área onde estariam túneis usados milícia radical Estado Islâmico.

    Foi a primeiro vez que o armamento foi usado em combate. Segundo o jornal britânico "Independent", o artefato, projetado pela Força Aérea dos EUA em 2002, pesa mais de dez toneladas, com 8.164 quilos de explosivos.

    Na Casa Branca, Trump elogiou a operação, que classificou como "uma missão muito exitosa". "Temos os melhores militares do mundo, e eles voltaram a fazer o seu trabalho, como é de costume", afirmou o presidente.

    O general John Nicholson, chefe das forças americanas no Afeganistão, disse que a bomba é "munição adequada para reduzir os obstáculos e manter o impulso da ofensiva contra as forças do EI".

    Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, afirmou que "todas as precauções para evitar vítimas civis e danos colaterais foram tomadas". Não havia, até a conclusão desta edição, relatos sobre mortos e feridos.

    O governador do distrito afegão de Achin, Esmail Shinwari, disse à agência AFP que a bomba caiu em uma área chamada Momand Dara: "Enormes colunas de fogo tragaram toda a área". Ele acrescentou que não há informações sobre as vítimas, por se tratar de uma área sob controle do Estado Islâmico.

    O Estado Islâmico, que domina vastas áreas do território da Síria e do Iraque, começou mais recentemente a se expandir no Afeganistão, onde conseguiu atrair seguidores dos grupos talibãs na região, assim como islamistas de origem uzbeque.

    Militares da Otan,a aliança militar ocidental, estimam que no início de 2016 o EI treinava cerca de 3.000 combatentes no Afeganistão, embora esse número atualmente deva ter no país de 600 a 800 homens armados.

    OF Afeganistão

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