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    Le Pen é acusada de plagiar discurso de Fillon; campanha diz que 'foi aceno'

    03/05/2017 02h00

    Thibault Camus/Associated Press
    A candidata de extrema direita Marine Le Pen participa de convenção sobre África e França em Paris
    A candidata de extrema direita Marine Le Pen participa de convenção sobre África e França em Paris

    Marine Le Pen, candidata da direita ultranacionalista à Presidência da França, foi acusada de plagiar frases de um discurso feito pelo conservador François Fillon em 15 de abril. Na segunda-feira (1º), ela repetiu trechos da fala dele sobre o papel da França na Europa e no mundo. Fillon não chegou ao segundo turno das eleições.

    INSPIRAÇÃO
    Florian Philippot, vice-líder da Frente Nacional, disse que a sigla "admite completamente" o fato de que o discurso de sua candidata lembra o do adversário. Ele disse que Le Pen fez "um aceno" à fala de Fillon para "lançar um verdadeiro debate" sobre a identidade francesa.

    CORRUPÇÃO
    Fillon, do partido Republicanos, apresentou uma queixa formal contra o semanário satírico "Canard Enchaîné", que revelou um escândalo de corrupção parcialmente responsável pela derrota do conservador no primeiro turno. Um redator-chefe e um jornalista vão depor por publicar "notícias falsas".

    "NOVO MUNDO"
    Marine Le Pen disse na terça-feira (2) em uma entrevista que é mais adequada para governar em um "novo mundo" marcado pela liderança do presidente americano, Donald Trump, e do russo, Vladimir Putin. Le Pen baseia sua campanha em um discurso contrário à globalização, à migração e ao islã.

    Zakaria Abdelkafi/AFP
    Policial pega fogo após manifestantes atirarem coquetel molotov em protesto em Paris na segunda
    Policial pega fogo após manifestantes atirarem coquetel molotov em protesto em Paris na segunda

    FOTÓGRAFO REFUGIADO
    A imagem deste 1º de Maio em Paris, com um policial engolido pelas chamas de um coquetel Molotov, foi feita pelo fotógrafo sírio Zakaria Abdelkafi. Ele fugiu de Aleppo em 2015 depois de a guerra destruir parte da cidade e hoje trabalha na agência AFP.

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