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    Coreia do Norte confirma detenção de professor americano

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/05/2017 11h52

    A Coreia do Norte confirmou nesta quarta-feira (3) que deteve em abril um professor americano que tentava "derrubar" o regime, em um contexto de grande tensão com Washington pelo programa nuclear de Pyongyang.

    Kim Sang-Duk, também chamado de Tony Kim, foi preso no dia 22 de abril no aeroporto de Pyongyang por ter "cometido atos criminosos hostis destinados a derrubar a RPDC", acrônimo da República Popular Democrática da Coreia, afirmou a agência de notícias oficial KCNA.

    Reuters
    O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un inspeciona unidade das Forças Armadas do país
    O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un inspeciona unidade das Forças Armadas do país

    "Kim está detido pelos serviços judiciais competentes que investigam seus crimes", disse a KCNA.

    Kim Sang-Duk é o terceiro americano detido no país.

    A Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang havia anunciado que Kim Sang-Duk foi preso quando se preparava para deixar a Coreia do Norte depois de ter ensinado durante várias semanas nesse centro de estudos.

    A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, havia denunciado a prisão como um meio de pressão do governo norte-coreano em meio à tensão internacional na península coreana.

    Os outros dois americanos presos na Coreia do Norte são Otto Warmbier, um estudante de 22 anos, e Kim Dong Chul, um missionário coreano-americano de 62 anos.

    Warmbier foi detido em janeiro de 2016 e condenado a 15 anos de trabalhos forçados por tentar roubar uma bandeira de propaganda.

    Dois meses depois, Kim Dong Chul foi condenado a 10 anos de trabalhos forçados por subversão. Nem um deles foi visto em público desde a condenação.

    PAREM DE IRRITAR

    Também nesta quarta a China pediu que as partes envolvidas no impasse da Coreia do Norte mantenham a calma e "parem de irritar umas às outras". A declaração ocorre um dia depois de Pyongyang dizer que os Estados Unidos estão levando a região à beira de uma guerra nuclear.

    Os EUA vêm exortando a China, única grande aliada da reclusa Coreia do Norte, a fazer mais para conter os programas nuclear e de mísseis de sua vizinha. O governo do presidente Donald Trump declarou recentemente que a "era da paciência estratégica" com Pyongyang acabou.

    Washington enviou um porta-aviões de propulsão nuclear às águas coreanas e dois bombardeiros estratégicos dos EUA realizaram exercícios com a Coreia do Sul e o Japão nesta semana, em mais uma demonstração de força.

    Quando indagado sobre o voo dos bombardeiros, os exercícios e a reação norte-coreana, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, ressaltou que a situação é "altamente complexa" e sensível.

    "A tarefa urgente é reduzir a temperatura e retomar as conversas", disse ele a repórteres.

    "Novamente exortamos todas as partes relevantes a manterem a calma e demonstrarem moderação, a parar de irritar umas às outras, trabalhar duro para criar um clima de contato e diálogo entre todos os lados e procurar um retorno ao caminho correto do diálogo e da negociação o mais rápido possível".

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