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    Após megaciberataque, criminosos receberam R$ 26 mil em resgates

    RAPHAEL HERNANDES
    DE SÂO PAULO

    12/05/2017 17h14 - Atualizado às 20h05

    Benoit Tessier/REUTERS
    Criminosos exigiram pagamento em bitcoin
    Criminosos exigiram pagamento em bitcoin

    Os responsáveis pelo megaciberataque que derrubou sistemas de comunicação de diversos países nesta sexta-feira (12) receberam mais de R$ 26 mil em pagamentos de resgate.

    A Folha conferiu os valores de transações recebidas nas carteiras de bitcoin listadas pelos criminosos no software "WannaCrypt0r" para receber os pagamentos. Até as 20h (de Brasília) desta sexta, as contas haviam recebido 28 transações, que totalizavam aproximadamente 4,88 bitcoins.

    O bitcoin é uma moeda virtual, que pode ser comprada com dólares. Atualmente, segundo a empresa de câmbio itBit, um Bitcoin está cotado em aproximadamente U$ 1.700 (R$ 5.300).

    Especialistas advertem que o pagamento do resgate deve ser evitado, já que não há garantias de que eles vão devolver o sistema "sequestrado" após a transação.

    Ciberataque no mundo
    Vírus se aproveitou de falhas no Windows

    O programa malicioso, do tipo "ransomware", faz aparecer nas telas de computadores mensagens pedindo o pagamento de um resgate em bitcoins para reativar o sistema infectado. Segundo especialistas, 74 países foram afetados.

    O ATAQUE

    Inicialmente, o ataque atingiu redes internas de diversas empresas da Espanha. No Reino Unido, caíram os sistemas de tecnologia de ao menos 16 hospitais públicos. O bloqueio de computadores impediu o acesso a prontuários e provocou o redirecionamento de ambulâncias.

    A ação foi feita com um malware espalhado pelas redes que atinge uma falha do Windows conhecida após o vazamento de ferramentas sigilosas usadas pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).

    A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que o ataque faz parte de uma ação internacional e que não há evidências de que informações de pacientes tenham sido comprometidas.

    Até o momento, segundo a Kaspersky, o país com o maior número de máquinas afetadas foi a Rússia. Há também relatos no Brasil, Japão, Turquia, Filipinas, Alemanha, entre outros.

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