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    Repórter revelou prisão para gays na Tchetchênia

    MARIANA LAJOLO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    14/05/2017 02h00

    Paul J. Richards/AFP
    A jornalista Elena Milashina (centro), a ex-primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, e o ex-secretário americano de Estado, John Kerry, durante premiação, em 2013
    A jornalista Elena Milashina (centro), a ex-primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, e o ex-secretário americano de Estado, John Kerry, durante premiação, em 2013

    Tortura, prisões secretas que parecem campos de concentração e assassinato de homossexuais com anuência –e até ordem– das autoridades da Tchetchênia. Esse é o teor da denúncia que levou a jornalista Elena Milashina a deixar a Rússia após sofrer ameaças de morte.

    A reportagem foi publicada em 1º de abril pelo jornal "Novaya Gazeta".

    O governante tchetcheno Ramsan Kadyrov classificou os relatos como mentira, alegando que "não existem homossexuais na república". A região, de maioria muçulmana, é muito homofóbica.

    Desde 1992, 56 jornalistas foram mortos na Rússia em situações relacionadas a seu trabalho, segundo o Comitê de Proteção a Jornalistas. O mais famoso caso é o de Anna Politkovskaya, que escreveu reportagens sobre violações dos direitos humanos na guerra da Tchetchênia.

    A jornalista do "Novaya Gazeta" sofreu diversos ataques durante sua carreira. Em 2004, foi envenenada ao beber uma xícara de chá no voo que a levaria para cobrir o ataque a uma escola em Beslan, que deixou mais de 330 mortos no sudoeste da Rússia. Em outubro de 2006, foi morta a tiros no prédio em que morava. (ml)

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