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    Governo Trump

    Trump diz ter 'direito absoluto' de compartilhar dados com a Rússia

    DE SÃO PAULO

    16/05/2017 08h34 - Atualizado às 14h46

    Shcherbak Alexander/Xinhua
    (170510) -- WASHINGTON, D.C., mayo 10, 2017 (Xinhua) -- El presidente de Estados Unidos, Donald Trump (i), estrecha la mano con el embajador de Rusia en Estados Unidos, Sergei Kislyak (d), durante las conversaciones con el ministro de Relaciones Exteriores ruso, Sergei Lavrov, en el Despacho Oval de la Casa Blanca, en Washington D.C., capital de Estados Unidos, el 10 de mayo de 2017. El presidente de Estados Unidos, Donald Trump, enfatizó el miércoles su deseo de construir una relación mejor entre Estados Unidos y Rusia, dijo la Casa Blanca. En una reunión en Washington, D.C. con el ministro de Relaciones Exteriores de Rusia Sergei Lavrov, Trump planteó la posibilidad de una cooperación más amplia para resolver los conflictos en Medio Oriente y en otros sitios, indicó la Casa Blanca en una declaración. (Xinhua/Shcherbak Alexander/TASS/ZUMAPRESS) (jg) (ah) ***DERECHOS DE USO UNICAMENTE PARA NORTE Y SUDAMERICA***
    Trump e o embaixador russo Sergei Kislyak em encontro na Casa Branca no último dia 10

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (16) que tem "direito absoluto" de compartilhar informações com a Rússia. O republicano não deixou claro, porém, se repassou dados confidenciais a autoridades de Moscou durante encontro na Casa Branca na semana passada.

    "Como presidente, eu quis compartilhar com a Rússia (em um encontro abertamente marcado na Casa Branca), o que eu tenho todo o direito de fazer, fatos relacionados ao terrorismo é segurança em aviões. Razões humanitárias (sic), além disso eu quero que a Rússia intensifique seu combate contra o Estado Islâmico e o terrorismo", afirmou o presidente em um canal oficial.

    Reportagem do jornal "Washington Post" revelou na véspera que o republicano teria repassado informação altamente confidencial a autoridades sobre uma potencial ameaça da milícia terrorista Estado Islâmico relacionada ao uso de laptops em aviões.

    A reportagem diz respeito à visita do chanceler russo, Segei Lavrov, e do embaixador do país nos EUA, Sergey Kislyak, à Casa Branca na última quarta-feira (10).

    A revelação teria sido feita sem a permissão do parceiro americano que repassou aos EUA, por meio de um acordo, os dados de inteligência, e poderia comprometer a segurança de um colaborador.

    O tema seria tão sensível que os EUA não teriam dividido a informação confidencial nem com governos aliados –e poucos integrantes do governo americano também tinham acesso ao conteúdo.

    A Casa Branca e o Kremlin rebateram a reportagem, classificando-a de "falsa". Integrantes do alto escalão do governo Trump que participaram da reunião com os representantes russos negaram ter tratado de dados militares confidenciais.

    Também nesta terça, durante pronunciamento coletivo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Trump foi questionado por jornalistas sobre o encontro com as autoridades russas, ao que ele respondeu: "Nós tivemos um encontro muito, muito exitoso com o chanceler da Rússia. Queremos o máximo possível de ajuda para combater o terrorismo".

    Trump recebeu os representantes da Rússia num timing controverso: no dia seguinte à demissão do então diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, que liderava as investigações sobre possíveis elos de membros da equipe do republicano com Moscou durante a campanha eleitoral.

    O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, disse, nesta terça-feira que a conduta de Trump na conversa com os representantes da Rússia foi "apropriada".

    Uma autoridade europeia do alto escalão do setor de inteligência disse à agência de notícias Associated Press que seu país pode parar de compartilhar informações com os Estados Unidos caso se confirme que Trump revelou dados confidenciais à Rússia. O funcionário pediu que nem ele nem seu país fossem identificados.

    Apesar da sensibilidade das informações que teriam sido compartilhadas, Trump não cometeu irregularidades. Pela lei americana, o presidente tem discricionariedade para lidar com informações de interesse nacional da maneira que achar pertinente.

    O sistema de classificação de documentos oficiais é regulado nos EUA por decretos presidenciais, que são revisados periodicamente. Atualmente, as regras de classificação são definidas por uma ordem assinada por Barack Obama em 2009, a qual estabelece que os chefes de órgãos federais têm autoridade para impor ou derrubar o sigilo de documentos de suas respectivas áreas.

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