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    Em apoio à reeleição de Rowhani, vice retira candidatura à Presidência do Irã

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/05/2017 12h00

    O primeiro vice-presidente do Irã, o reformista Eshaq Jahangiri, retirou nesta terça-feira (16) sua candidatura à Presidência na eleição de 19 de maio para apoiar a campanha pela reeleição do atual presidente, Hasan Rowhani.

    "Acredito que cumpri o meu papel. Votarei junto com vocês em Rowhani", disse Jahangiri a apoiadores.

    Atta Kenare - 13.mai.2017/AFP
    Iranian President and presidential candidate Hassan Rouhani (R), along with current vice-president and presidential candidate Eshaq Jahangiri, attend a campaign rally for the upcoming presidential elections in the capital Tehran on May 13, 2017. / AFP PHOTO / ATTA KENARE ORG XMIT: AK2581
    O primeiro vice-presidente do Irã, Eshaq Jahangiri (à esq.), ao lado de Hassan Rowhani, que busca a reeleição

    Jahangiri se inscreveu na corrida presidencial diante dos temores de que o Conselho Guardião, órgão responsável por selecionar os presidenciáveis com base em suas credenciais políticas e religiosas, pudesse barrar a candidatura de Rowhani, o que acabou não acontecendo.

    Rowhani, 68, é o favorito na eleição de sexta-feira (19). Desde que assumiu a Presidência, em 2013, ele tem se esforçado para reduzir o isolamento internacional do Irã e, em 2015, seu governou assinou um acordo histórico com potências mundiais para restringir o programa nuclear da república islâmica em troca do alívio de sanções econômicas. As negociações tiveram a chancela do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

    O principal adversário de Rowhani na disputa é o jurista Ebrahim Raisi, representante da ala linha-dura do país e importante aliado de Khamenei. Na segunda-feira (15), o prefeito conservador de Teerã, Mohamed Bagher Ghalibaf, se retirou da disputa e pediu votos para Raisi.

    Uma eventual derrota de Rowhani para os conservadores abriria caminho para novas tensões internacionais, agravada pela retórica anti-Irã do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Durante a campanha eleitoral do ano passado, o republicano ameaçou rasgar o acordo nuclear, mas ainda não adotou medidas efetivas contra o país em seus três primeiros meses de mandato.

    Originalmente, a lista oficial de presidenciáveis selecionados pelo Conselho Guardião continha seis nomes, mas a retirada de Jahangiri e Ghalibaf reduziu esse número para quatro. No total, 1.636 pessoas se inscreveram como potenciais candidatos –dentre elas, havia 137 mulheres, mas nenhuma foi selecionada para a lista oficial.

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