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    Publicações internacionais repercutem crise política no Brasil

    DE SÃO PAULO

    18/05/2017 15h17

    A crise política detonada pelas revelações feitas pelo empresário Joesley Batista, sócio da J&F, repercute nas principais publicações internacionais.

    A inglesa "The Economist" escreve que a revelação de que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, põe em risco o governo de Temer.

    A revista, no entanto, considera ainda ser demasiado cedo para julgar se o "escândalo carnudo", como afirma ironicamente, forçará Temer a deixar o cargo.

    A "Economist" lembra, por fim, que a crise dificulta ainda mais as reformas propostas por Temer nas finanças do país.

    O jornal "The New York Times" escreve que "Temer resiste a renunciar em meio a novas acusações de corrupção".

    O NYT escreve que a denúncia envolve a compra do silêncio de Eduardo Cunha, "que ajudou a orquestrar a derrubada de Dilma Rousseff".

    Já o londrino "The Guardian" diz que "outro presidente pode ser mandado embora após o STF aceitar pedido de investigação" contra ele.

    Segundo o jornal americano "Washinton Post", as novas denúncias "levantam a questão de por quanto tempo mais o presidente conseguirá se manter no poder".

    Mais voltados para a área econômica, o americano "The Wall Street Journal" e o inglês "Financial Times", destacaram os efeitos negativos para as ações brasileiros após as revelações de Batista.

    O "WSJ" enfatiza a queda do real diante do dólar e a ameaça à aprovação das reformas econômicas pelo Congresso.

    O "FT" fala ainda da queda de 10% da Bolsa brasileira que, pela primeira vez desde 2008, recorreu ao mecanismo de "circuit breaker", que trava as negociações em caso de instabilidade no mercado.

    A rede britânica BBC também dá destaque à derrocada das ações brasileira nos mercados mundiais.

    Na Espanha, o jornal "El País" destaca como o "terremoto político" causado pelas revelações sobre Temer levou à queda da Bolsa brasileira. Segundo a publicação "o mercado entrou em pânico diante da possibilidade de que o escândalo derrube Temer impedindo a aprovação de seu programa liberal"

    O jornal da Argentina "La Nacion" diz que o governo do país acompanha com preocupação o escândalo brasileiro. "No Japão, [o presidente] Mauricio Macri acompanha com atenção o impacto que pode ter sobre a economia argentina.

    Segundo o periódico, todas as crises brasileiras têm ressonância na Argentina.

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