A Turquia convocou o embaixador dos EUA em Ancara, nesta segunda-feira (22), para protestar contra o tratamento dado aos oficiais de segurança turcos nos Estados Unidos durante uma visita do presidente Recep Tayyip Erdogan na semana passada, disse o ministério das Relações Exteriores.
Durante a visita de Erdogan a Washington para se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, houve uma briga entre manifestantes e seguranças da delegação turca do lado de fora da residência do embaixador turco.
| Kevin Lamarque/Reuters | ||
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| O presidente turco Recep Tayyip Erdogan (à esq.) é recebido por Donald Trump na Casa Branca |
A Turquia culpou a violência dos manifestantes ligados ao militante Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), enquanto o chefe da polícia de Washington descreveu o incidente como um "ataque brutal" contra manifestantes pacíficos.
Dois guarda-costas de Erdogan foram brevemente detidos após incidente e, depois, liberados para voltar ao país.
Em um vídeo, é possível ver o presidente Erdogan assistindo ao incidente após sair de um carro na entrada da embaixada turca.
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse que convocou o embaixador dos EUA para protestar contra "ações agressivas e pouco profissionais" dos policiais americanos contra a equipe de segurança do chanceler turco, Mevlut Cavusoglu.
"Foi formalmente solicitado que as autoridades dos EUA conduzam uma investigação completa desse incidente diplomático e forneçam a explicação necessária", disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
Segundo Ancara, os lapsos de segurança experimentados durante a permanência de Erdogan em Washington foram causados "pela incapacidade das autoridades americanas de tomar precauções suficientes em todas as fases do programa oficial".
A polícia de Washington disse que 11 pessoas ficaram feridas, incluindo um agente americano, e duas pessoas foram presas por agressão. Pelo menos um dos presos era um manifestante.