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    Europa deve viver 'por conta própria', diz Merkel após tensão com Trump

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/05/2017 13h38 - Atualizado às 16h19
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    Michaela Rehle/Reuters
    German Chancellor and head of the Christian Democratic Union (CDU) Angela Merkel drinks during the Trudering festival in Munich, Germany, May 28, 2017. REUTERS/Michaela Rehle ORG XMIT: REH01
    Angela Merkel bebe cerveja durante evento em Munique

    A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse neste domingo (28) que os países da União Europeia devem se unir e "tomar as rédeas" de seu futuro diante de novos desafios, como a decisão do Reino Unido de abandonar o bloco regional e o crescente isolacionismo dos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump.

    A declaração foi feita em um evento de cerveja em Munique, um dia depois do término da cúpula do G7, grupo que reúne as sete principais economias desenvolvidas. O encontro, realizado na Sicília, foi marcado pelo tensionamento entre líderes europeus e Trump em temas como política climática e comércio.

    Alguns dias antes, Trump também havia adotado uma postura desafiadora durante a inauguração da nova sede da Otan, a aliança militar ocidental, em Bruxelas. O líder americano voltou a cobrar seus aliados a aumentarem seus gastos em defesa e não garantiu se respeitará o compromisso de atender a pedidos de apoio militar de membros do bloco.

    "Os tempos em que nós podíamos contar com os outros acabaram, de alguma forma, conforme pude experienciar nos últimos dias", afirmou Merkel. "Então, tudo o que eu posso dizer é que nós, europeus, devemos realmente tomar as rédeas do nosso destino (...) e lutar pelo nosso futuro por conta própria."

    "É claro que devemos manter amizade com os Estados Unidos e o Reino Unido e sermos bons vizinhos sempre que possível com outros países, inclusive com a Rússia", ponderou.

    Durante o encontro do G7, Merkel e outros líder mundiais pressionaram Trump a manter os Estados Unidos no Acordo de Paris –formulado em 2015 e assinado por 197 países, o tratado é considerado a principal iniciativa global no combate às mudanças climáticas. Após a cúpula, a chanceler afirmou que as discussões sobre o clima foram "controversas" e "insatisfatórias".

    Trump, que durante a campanha eleitoral do ano passado classificou o aquecimento global de "farsa" e ameaçou retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, prometeu tomar em breve uma decisão definitiva sobre o tratado climático.

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