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    Seul reclama de falta de aviso dos EUA sobre expansão de escudo antimíssil

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    30/05/2017 14h34

    Shon Hyung-joo - 27.abr.17/Yonhap/Associated Press
    Soldados trabalham na instalação do escudo antimísseis Thaad em Seongju, na Coreia do Sul, em abril
    Soldados trabalham na instalação do escudo antimísseis Thaad em Seongju, na Coreia do Sul

    O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, diz ter ficado "chocado" ao saber da expansão de um sistema antimísseis dos Estados Unidos no país e ordenou a abertura de um inquérito para apurar por que não foi informado da decisão.

    "O presidente Moon disse que foi muito chocante" ser surpreendido sobre a instalação de novos lançadores de mísseis, declarou nesta terça-feira (30) o porta-voz do governo, Yoon Young-chan.

    O sistema antimíssil norte-americano Thaad começou a ser instalado na Coreia do Sul em abril, com o transporte de dois lançadores para combater a crescente ameaça de mísseis da Coreia do Norte. Posteriormente, foram instalados quatro novos lançadores.

    Durante sua bem-sucedida campanha para a eleição presidencial de 9 de maio, Moon prometeu pedir ao Parlamento uma revisão do sistema antimísseis. O presidente, de centro-esquerda, defende uma abordagem diplomática para conter a tensão com o regime de Pyongyang.

    Após a reclamação de Moon, o Pentágono disse que tem sido "muito transparente" com a Coreia do Sul sobre a instalação do Thaad. "Continuamos a trabalhar lado a lado com o governo da República da Coreia e temos sido muito transparentes em todas as nossas ações nesse processo", afirmou o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis.

    Os Estados Unidos mantém 28.500 soldados na Coreia do Sul e têm um acordo de defesa mútua com o país desde a Guerra da Coreia, que terminou em 1953 sem um acordo de paz, deixando a península Coreana tecnicamente em estado de guerra desde então.

    A instalação do Thaad na Coreia do Sul irrita a China, que considera o sistema antimísseis uma ameaça à estabilidade da região.

    Nas últimas semanas, a Coreia do Norte realizou vários testes bem-sucedidos de lançamento de mísseis, demonstrando a avanço de seu programa nuclear. O regime do ditador Kim Jong-un diz ser capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil intercontinental, mas não se sabe se o país conta com tecnologia para fazê-lo de fato.

    Ante as crescentes ameaças de Pyongyang, os Estados Unidos agendaram para esta terça-feira um teste de seu sistema antimísseis instalado no Estado da Califórnia. O teste tem custo estimado em US$ 244 milhões (R$ 800 milhões) e o último lançamento do tipo foi realizado em 2014.

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