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    Governo Trump

    Trump acusa ex-diretor do FBI de mentir em depoimento ao Senado

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/06/2017 08h57 - Atualizado às 17h15

    Jonathan Ernst - 07.jun.2017/Reuters
    James Comey, ex-diretor do FBI (Federal Bureau of Investigation), presta testemunho durante Comitê de Inteligência do Senado, em Washington
    James Comey, ex-diretor do FBI, presta depoimento ao Comitê de Inteligência do Senado dos EUA

    Em uma nova crítica ao ex-diretor do FBI (polícia federal americana) nesta sexta-feira (9), o presidente Donald Trump acusou James Comey de mentir sob juramento no depoimento que deu ao Senado na quinta-feira (8).

    "James Comey confirmou muito do que eu disse, e algumas coisas que ele disse apenas não eram verdade", afirmou Trump, durante entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca, acompanhado do presidente da Romênia, Klaus Iohannis, na tarde desta sexta.

    "Ontem [quinta] não mostrou nenhuma conspiração, nenhuma obstrução", disse o presidente, que classificou o depoimento de Comey como "uma desculpa dos democratas, que perderam a eleição que não deveriam".

    Mais cedo, Trump já havia acusado Comey de ser um "vazador". "Apesar de tantas mentiras e declarações falsas, justificação total e completa... e UAU, Comey é um vazador!"

    As acusações de Trump marcam um novo capítulo da disputa com Comey, cujas declarações a senadores na quinta-feira reforçam a tese de que o presidente tentou obstruir a Justiça, crime passível de impeachment.

    Comey, que foi demitido do comando do FBI no início de maio, se referia a uma conversa que teve em fevereiro com Trump, na qual o presidente o teria "orientado" a abandonar uma investigação contra o ex-assessor Michael Flynn, acusado de manter contatos irregulares com a Rússia.

    O ex-diretor do FBI confessou ter registrado por escrito o conteúdo das conversas que teve com Trump e tomado a decisão de vazá-lo à imprensa, por meio de um amigo, por temer interferências da Casa Branca na investigação sobre os supostos elos da equipe de campanha do republicano com Moscou.

    Comey disse aos senadores que começou a registrar o teor de seus encontros com Trump porque estava "realmente preocupado que ele poderia mentir sobre a natureza" das conversas.

    Dois dias após o jornal "New York Times" publicar sobre a existência das notas redigidas por Comey, o Departamento de Justiça apontou o ex-diretor do FBI Robert Mueller para acompanhar a investigação como conselheiro especial, reforçando a independência do inquérito.

    O advogado pessoal do presidente, Mark Kasowitz, sugeriu na quinta-feira que Comey poderia ser investigado por vazar para a imprensa as notas sobre a conversa na Casa Branca.

    Nesta sexta (9), a equipe de advogados do presidente prometeu entrar com uma reclamação formal no Departamento de Justiça.

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