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    Seul acredita que drone da Coreia do Norte fotografou escudo antimísseis

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    13/06/2017 08h27

    Ministério da Defesa da Coreia do Sul - 9.jun.2017/Associated Press
    O drone suspeito de pertencer à Coreia do Norte, encontrado em uma montanha na Coreia do Sul
    O drone suspeito de pertencer à Coreia do Norte, encontrado em uma montanha na Coreia do Sul

    Um drone que acredita-se ser da Coreia do Norte tirou fotos do sistema antimísseis instalado pelos Estados Unidos na Coreia do Sul antes de cair ao retornar para o norte, informou nesta terça-feira (13) Seul.

    "Nós confirmamos que ele tirou aproximadamente dez fotos" do escudo antimísseis, conhecido como Thaad, afirmou uma autoridade do Ministério de Defesa da Coreia do Sul. A suspeita é de que o equipamento pertença a Pyongyang.

    O drone foi encontrado pelo governo sul-coreano na última sexta-feira (9), em uma região montanhosa na fronteira com a Coreia do Norte.

    O regime do ditador Kim jong-un conta com cerca de 300 veículos aéreos não tripulados de diferentes tipos, incluindo drones de combate e um projetado para reconhecimento, segundo um relatório do ano passado feito pela ONU.

    Na semana passada, Seul decidiu suspender a instalação do escudo antimísseis americano, iniciada em abril, para avaliar seu impacto no ambiente. A decisão deve atrasar a implantação total do sistema, já que a revisão pode demorar mais de um ano.

    O governo do presidente sul-coreano Moon Jae-in, eleito em maio, é crítico ao escudo Thaad. A instalação do sistema também irrita a China, que o considera uma ameaça à estabilidade da região.

    Nas últimas semanas, a Coreia do Norte realizou vários testes bem-sucedidos de lançamento de mísseis, demonstrando a avanço de seu programa nuclear. Pyongyang diz ser capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil intercontinental, mas não se sabe se o país conta com tecnologia para fazê-lo de fato.

    NOVO MINISTRO

    Defensor de mais diálogo com Pyongyang, Moon indicou um nome técnico para chefiar o Ministério da Unificação, pasta encarregada dos assuntos relacionados à Coreia do Norte.

    Cho Myoung-gyon, 60, é funcionário de carreira do ministério, tendo trabalhado na gestão do ex-presidente liberal Roh Moo-hyun (2003-2008), do mesmo grupo político de Moon.

    No ministério, Cho trabalhou pelo complexo industrial de Kaesong, mantido pelas duas Coreias na porção norte da península até fevereiro de 2016, quando a ex-presidente conservadora Park Geun-hye ordenou o fechamento do complexo.

    Cho também organizou a cúpula intercoreana de 2007, que reuniu o então presidente Roh com Kim Jong-il (1941-2011), pai de Kim Kong-un, à época líder norte-coreano.

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