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    Trump revoga promessa de deportar imigrantes ilegais nos EUA, diz jornal

    DE SÃO PAULO

    16/06/2017 11h25 - Atualizado às 11h40

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou oficialmente uma das promessas de sua campanha de deportar imigrantes ilegais conhecidos como "dreamers", que chegaram ao país com menos de 16 anos e têm hoje menos de 35, publicou nesta sexta-feira (16) o jornal americano "The New York Times".

    De acordo com o jornal, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou que continuaria o programa Daca, de 2012, destinado a proteger esses imigrantes da deportação e fornecer a eles permissão de trabalho para que se encontrem em situação legal.

    Em abril, Trump já havia dito à agência de notícias Associated Press que os "dreamers" poderiam "ficar tranquilos" pois não serão deportados.

    "Não estamos atrás dos 'dreamers', estamos atrás dos criminosos", afirmou à época.

    A decisão deve desagradar eleitores de Trump, já que alguns consideram o programa como uma concessão ilegal de "anistia" aos imigrantes.

    Durante a sua campanha eleitoral, o presidente norte-americano foi fiel à retórica linha-dura contra os 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA e prometeu interromper "imediatamente" o Daca.

    A decisão de continuar o programa Daca foi tomada quando a administração deu um fim à tentativa de expandir o programa também para os pais dos "dreamers" –proposta feita pelo ex-presidente Barack Obama, mas que nunca foi implementada.

    IMIGRANTES NOS EUA

    Em março, Trump assinou decreto proibindo temporariamente a entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana e de refugiados, retirando o Iraque da lista das nações vetadas. O decreto foi posteriormente suspenso por juízes americanos, em revés ao presidente norte-americano.

    O governo Trump, no entanto, pode ter estabelecido uma forma mais sutil de frear a entrada do grupo no país: reduzir a emissão de vistos.

    Segundo dados do Departamento de Estado, em abril, o número de vistos de visitantes para pessoas nascidas em todos os países da lista –Síria, Libia, Somália, Sudão, Irã e Iêmen- caiu 21% em relação a março deste ano e 55% à média mensal de 2016.

    O total de vistos de visitantes para todos os países também diminuiu, em abril, em relação a 2016 -mas 15%. Para brasileiros, caiu 4% em relação à média de 2016.

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