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    Líderes mundiais lamentam morte de Helmut Kohl; veja repercussão

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/06/2017 15h47 - Atualizado às 17h28

    A morte do ex-chanceler Helmut Kohl, 87, arquiteto do processo de reunificação da Alemanha em 1990, foi repercutida por líderes em todo o mundo nesta sexta-feira (16).

    O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que considera o alemão "um dos grandes homens da Europa e do mundo livre".

    "Artesão da unificação do seu país, Helmut Kohl forjou, junto com François Mitterrand [ex-presidente da França], a unidade da Europa e o reforço da relação franco-alemã", afirmou o presidente francês em comunicado. "Reformador, visionário e unificador, Helmut Kohl marcou a nossa história coletiva".

    A chanceler alemã, Angela Merkel, que tem o ex-chanceler como mentor, declarou que Kohl mudou a sua vida "de maneira decisiva" pelo papel que desempenhou durante o processo de reunificação do país. 

    "Kohl foi uma sorte para nós alemães", afirmou Merkel em Roma. Ela cresceu na antiga Alemanha oriental, e começou sua carreira política durante a reunificação alemã, em 1990. 

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse admirar a sabedoria de Kohl e a sua "capacidade de tomar decisões equilibradas mesmo em situações complicadas".

    "Kohl será lembrado na Rússia como defensor de relação amigável entre os países", disse Putin.

    O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush afirmou que "lamenta a perda de um verdadeiro amigo da liberdade".

    "Trabalhar de perto com meu grande amigo para alcançar um fim pacífico para a Guerra Fria e a unificação da Alemanha com a Otan continuará sendo uma das grandes alegrias da minha vida", disse Bush em comunicado. "Helmut era uma rocha."

    Gerhard Schroeder, sucessor de Kohl como chanceler, o descreveu como "grande patriota e europeu".

    "A unificação do nosso país e do nosso continente será ligada a seu nome para sempre", afirmou.

    Em Bruxelas, as bandeiras europeias foram colocadas a meio mastro em homenagem.

    O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que foi premiê de Luxemburgo enquanto Kohl era chanceler, escreveu em sua rede social que Kohl fará falta.

    "A morte de Helmut me dói profundamente. Meu mentor, meu amigo, o sentido verdadeiro da Europa, ele fará muita falta".

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a morte de Kohl representa para Israel a perda de um de seus "melhores amigos".

    "Kohl foi um líder que uniu a Alemanha com determinação e mão firme", disse Netanyahu.

    Helmut Kohl chefiou a Alemanha Ocidental de 1982 a 1990 e, até 1998, governou a Alemanha reunificada, tornando-se o chanceler democraticamente eleito que permaneceu mais tempo no poder. Ele também influenciou a adoção do euro pela Alemanha.

    A saúde de Kohl estava debilitada desde que ele sofreu uma queda em 2008.

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