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    Rússia diz que Trump usa 'retórica da Guerra Fria' em Cuba

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    18/06/2017 10h59

    Sergei Karpukhin/Reuters
    Russian President Vladimir Putin gestures as he speaks to journalists following a live nationwide broadcast call-in in Moscow, Russia June 15, 2017. REUTERS/Sergei Karpukhin ORG XMIT: MOS16
    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante conversa com jornalistas

    O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou neste domingo (18) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está "devolvendo a retórica esquecida da Guerra Fria" ao revogar em parte os acordo de aproximação com Cuba e atacar verbalmente os líderes da ilha caribenha.

    Em comunicado, o ministério russo afirmou que as ações anunciadas por Washington "são lamentáveis" e que se solidariza com Havana.

    Na sexta-feira (16), Trump disse estar "cancelando" o acordo com Cuba firmado por seu antecessor, Barack Obama, e afirmou que os EUA não vão ficar quietos diante da "opressão comunista".

    No discurso, Trump anunciou medidas como restrições para viagens de americanos a Cuba e a proibição de transações comerciais entre empresas americanas e entidades militares cubanas.

    Apesar do presidente norte-americano prometer durante a sua campanha eleitoral melhorar as relações com Moscou, ainda não houve mudança significativa na cooperação entre os dois países. Na semana passada, o Senado dos EUA votou pela aprovação de novas sanções contra a Rússia.

    A Rússia mantém laços estreitos com Havana e, em março, assinou um acordo para enviar petróleo a Cuba.

    EMBAIXADAS ABERTAS

    Apesar do discurso incisivo de Trump, a maior parte do acordo de Obama ficou intacta. As relações diplomáticas entre os dois países serão mantidas. As embaixadas em Washington e Havana seguirão abertas, e os EUA continuarão a ter apenas um encarregado de negócios, e não um embaixador, em Cuba.

    As remessas e viagens de cubano-americanos tampouco serão afetadas.

    Agressivo, o presidente americano chamou o governo de Raúl Castro de "brutal" e disse que o regime "comete crimes a serviço de uma ideologia depravada".

    Em dezembro de 2014, Obama anunciou o acordo de reaproximação entre Cuba e EUA, 53 anos após os dois países terem rompido relações diplomáticas. Oito meses depois, foi reaberta a embaixada americana em Havana, e no final de 2016, pousou na capital cubana o primeiro voo comercial regular entre os dois países.

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