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    Brasileira sobrevive a incêndio em Portugal e vira voluntária por afetados

    GIULIANA MIRANDA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM AVELAR (PORTUGAL)

    19/06/2017 13h22 - Atualizado às 13h56

    Giuliana Miranda/Folhapress
    A estudante de direito brasileira Dayane Braga, que escapou de incêndio em Portugal e agora está ajudando os atingidos como voluntária
    A brasileira Dayane Braga, que escapou de incêndio e agora ajuda atingidos como voluntária

    Em questão de minutos, no último sábado (17), a tarde de lazer da estudante de direito brasileira Dayane Braga, 32, se transformou em momentos de terror, quando a praia fluvial em que ela estava, no centro de Portugal, começou a pegar fogo.

    "Saímos de lá às pressas e, meia hora depois, já estava tudo queimado, até com carros carbonizados", conta ela, que é natural de Itabuna (BA) e vive há 14 anos em Portugal.

    "Eu peguei o início do fogo. Como estava em um vale, aqui a gente já sabe que, em caso de fogo, temos de começar a fugir", explica.

    A estudante diz que os momentos na estrada, tentando fugir do fogo, foram de aflição. "Quando começou o fogo, teve também raios e trovoadas. Foi assustador."

    Ela diz que não conhece nenhuma das vítimas do incêndio, mas que ainda tem vizinhos desaparecidos.

    Mesmo abalada, Dayane decidiu se juntar à brigada de voluntários que auxilia os desabrigados e as populações afetadas pelo incêndio.

    Na manhã desta segunda (19), ela ajudava a descarregar água e mantimentos no centro de distribuição de Avelar, em Ansião.

    "Não tem como estar em casa, de braços cruzados, não consigo estar parada e ver tanta gente precisando."

    "É um povo que me acolheu desde sempre. Eles me adotaram e eu adotei eles" diz a estudante, sobre os portugueses.

    INCÊNDIOS CONTINUAM

    Os focos de incêndio no centro de Portugal seguem ativos.

    Até agora, já foram confirmados 63 mortos e 135 feridos, sendo sete em estado grave.

    Em entrevista coletiva no início desta tarde, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse que 24 corpos já foram identificados e que o trabalho seguirá acelerado durante todo o dia.

    O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, também esteve novamente na região afetada.

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