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    Arábia Saudita impede ataque a bomba em Meca, local sagrado do Islã

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    24/06/2017 09h20

    AFP
    A handout picture provided by the Saudi Press Agency (SPA) on June 23, 2017, shows Saudi security forces inspecting the site of a foiled attack in the holy city of Mecca. Six foreign pilgrims were hurt in Saudi Arabia when a suicide bomber targeting Islam's holiest site of Mecca blew himself up, the Interior Ministry said. The incident happened around the Grand Mosque, where hundreds of thousands of worshippers gathered for early afternoon prayers on the last Friday of this year's Ramadan, the Muslim fasting month. / AFP PHOTO / SPA / HO / === RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / HO / SPA" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS === ORG XMIT: 444
    Local onde um homem-bomba detonou explosivos em Meca, na Arábia Saudita

    As autoridades da Arábia Saudita anunciaram neste sábado (24) que impediram um atentado terrorista em Meca, cidade sagrada para os muçulmanos.

    Na sexta-feira (23), um homem-bomba foi identificado antes de realizar o ataque e, ao ser cercado pela polícia, explodiu a carga que portava, segundo relato do governo saudita.

    Os policiais invadiram o edifício onde o homem-bomba estava entrincheirado, mas ele "começou a disparar contra as forças de segurança, o que provocou uma troca de tiros e depois ele provocou a explosão", explicou o porta-voz do ministério do Interior, o general Mansur Al-Turki.

    Com a detonação, houve o desabamento parcial de um prédio de três andares. Onze pessoas —seis peregrinos estrangeiros e cinco policiais— ficaram feridas. Dois peregrinos estrangeiros permanecem hospitalizados e os outros quatro receberam alta.

    "As forças de segurança frustraram uma ação terrorista iminente contra a segurança da Grande Mesquita e seus fiéis", afirmou Al-Turki.

    Segundo porta-voz saudita, o homem-bomba integrava um "grupo terrorista" estabelecido em Meca e Jidá, a capital econômica do país. Cinco membros do grupo, incluindo uma mulher, foram detidos.

    Milhares de peregrinos estavam na Grande Mesquita para celebrar a última sexta-feira do Ramadã, o mês do jejum muçulmano.

    Meca, na Arábia Saudita, recebe mais de um milhão de peregrinos a cada ano. Visitar a cidade ao menos uma vez na vida é uma das regras do Islamismo.

    O ataque foi condenado por vários países, entre eles Catar e Irã, rivais da Arábia Saudita.

    O Catar expressou solidariedade com "o irmão saudita" em um comunicado do ministério das Relações Exteriores, apesar da profunda crise diplomática entre os dois países, desde que a Arábia Saudita passou a acusar o Catar de "apoiar o terrorismo".

    O Irã, que também tem uma relação tensa com a Arábia Saudita, condenou o ataque e afirmou que está disposto a "cooperar" na luta contra os "traficantes de morte".

    A Al-Azhar, a principal instituição do islã sunita com sede no Egito, condenou o atentado e expressou apoio a Riad "na luta contra o terrorismo até sua erradicação".

    Bandar Aldandani/AFP
    TOPSHOT - Muslim worshippers pray at the Kaaba, Islam's holiest shrine, at the Grand Mosque in Saudi Arabia's holy city of Mecca on June 23, 2017, during the last Friday of the holy month of Ramadan. / AFP PHOTO / BANDAR ALDANDANI
    Muçulmanos oram ao redor da Caaba, na Grande Mesquita, em Meca, na Arábia Saudita

    O porta-voz do governo indicou que o grupo terrorista queria atacar "o local mais sagrado" dos muçulmanos, com um "plano liderado do exterior com o objetivo de atentar contra a segurança e a estabilidade" do reino saudita.

    O general Mansur Al-Turki, no entanto, não citou nenhum país em particular.

    Também recordou que "várias células terroristas foram desmanteladas nos últimos dois anos em Meca e seus arredores", acrescentando que seu objetivo era "testar a capacidade (das autoridades) do reino de garantir a segurança dos peregrinos".

    Este foi o segundo ataque em menos de um ano contra um local sagrado do islã na Arábia Saudita.

    Em julho de 2016, um ataque perto da mesquita de Maomé em Medina, o segundo lugar mais sagrado do Islã, matou quatro guardas.

    Em 20 de novembro de 1979 foi registrado um grande atentado em Meca, quando muçulmanos sunitas ocuparam a Grande Mesquita. Após 14 dias, as autoridades ordenaram uma operação para expulsar os agressores e 333 pessoas morreram, segundo o balanço oficial.

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