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    China liberta Nobel da Paz Liu Xiaobo, vítima de câncer terminal

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    26/06/2017 08h40

    Reuters
    ORG XMIT: 151101_1.tif O dissidente chinês Liu Xiaobo em foto sem data divulgada por sua família; preso, o ativista chinês pró-democracia ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2010. *** Chinese dissident Liu Xiaobo is seen in this undated photo released by his family on October 3, 2010. Jailed Chinese pro-democracy activist Liu Xiaobo won the Nobel Peace Prize on October 8, 2010, an announcement that Beijing had anticipated and bitterly criticised. REUTERS/Handout (CHINA - Tags: POLITICS IMAGES OF THE DAY) FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. IT IS DISTRIBUTED, EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS
    O dissidente chinês Liu Xiaobo em foto sem data divulgada por sua família

    Autoridades chinesas libertaram o vencedor do Prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo, 61, vítima de câncer de fígado em fase terminal.

    Liu Xiaobo, professor, intelectual e dissidente chinês, cumpria uma pena de 11 anos de prisão por "subversão" desde 2009, depois de ter sido um dos autores de um texto que defendia a democracia na China.

    "[Xiaobo] está sendo tratado em um hospital de Shenyang [nordeste da China]. Não tem nenhum plano especial. Ele está apenas recebendo tratamento por sua doença", disse nesta segunda-feira (26) o advogado Mo Shaoping.

    De acordo com Shaoping, a doença foi diagnosticada em 23 de maio e Xiaobo foi libertado sob condicional poucos dias depois. Ele ainda tinha três anos de condenação para cumprir.

    O dissidente venceu o Nobel da Paz em 2010 por seu ativismo em defesa dos direitos humanos na China, quando já estava detido. Por sua ausência, o prêmio foi entregue de forma simbólica em 10 de dezembro do mesmo ano em Oslo. O ativista foi representado por uma cadeira vazia durante a cerimônia.

    A atribuição do Prêmio Nobel provocou indignação na China, que congelou as relações de alto nível com a Noruega, o que afetou as exportações de salmão norueguês a China. Os dois países normalizaram as relações em dezembro de 2016. Pequim classificou Liu Xiaobo de "criminoso".

    Quando indagado sobre Liu, o Ministério das Relações Exteriores chinês, o único órgão do governo que responde perguntas da mídia estrangeira com frequência, disse não estar a par da situação.

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