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    Dissidências de republicanos adiam votação do Trumpcare no Senado

    MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
    DE NOVA YORK

    27/06/2017 17h43

    A dificuldade crescente de alcançar um consenso em torno do projeto para revogar e substituir o Obamacare (lei de saúde criada pelo governo Barack Obama) levou a liderança do Partido Republicano no Senado norte-americano a adiar, nesta terça (27), a votação do texto.

    Inicialmente prevista para esta semana, como desejava o presidente Donald Trump, a a tentativa de aprovação da nova lei de assistência à saúde ficou para depois do recesso parlamentar da semana que vem, motivado pelas comemorações do 4 de Julho, dia da Independência.

    Senadores de diversas alas do partido já vinham manifestando descontentamento desde a quinta-feira passada, quando o projeto foi apresentado.

    Na segunda-feira, o Comitê de Orçamento do Congresso estimou que a nova legislação poderá deixar 22 milhões de pessoas sem seguro de saúde até 2026.

    A divulgação das previsões ampliou as resistências e obrigou os republicanos a mudarem o cronograma.

    O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, do Kentucky, disse que a votação foi adiada mas que o partido vai tentar chegar a um acordo até o fim desta semana para assegurar pelo menos 50 votos.

    O republicanos têm 52 cadeiras, contra 48 do Partido Democrata –que deverá votar em bloco contra o projeto. A situação, assim, não pode perder mais de dois votos. No caso de um empate de 50 a 50, o vice-presidente Mike Pence tem direito ao desenlace.

    As desavenças envolvem desde intransigências ideológicas de ultraconservadores a preocupações com os impactos financeiros que a legislação acarretará nos Estados, passando por apreensões sobre possíveis consequências eleitorais negativas.

    O adiamento foi um contratempo político para Trump, que apostava numa aprovação rápida.

    Na Câmara, depois de uma derrota no mês de março, o projeto do "Trumpcare" foi alterado e votado em 4 de maio, sem contar, porém, com o parecer prévio do Comitê de Orçamento ­–que posteriormente estimou em 23 milhões o número de americanos que ficariam sem cobertura até 2026.

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