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    Candidatos chilenos cometem gafes em série e têm de pedir desculpas

    SYLVIA COLOMBO
    ENVIADA ESPECIAL A SANTIAGO

    02/07/2017 22h47

    Esteban Felix/Associated Press
    A man stands inside a polling booth during the primary election for the conservative coalition of parties called "Chile Vamos," or "Chile Let's Go," inside a school in Santiago, Chile, Sunday, July 2, 2017. Chile will hold its presidential election in November. The paining is of Chile's independence hero Bernardo O´Higgins. (AP Photo/Esteban Felix) ORG XMIT: EFX105
    Chileno vota em zona eleitoral de Santiago, neste domingo

    Os últimos dias de campanha foram marcados por declarações infelizes dos principais candidatos que almejam a Presidência chilena.

    Todas foram seguidas por pedidos de desculpas.

    O ex-presidente Sebastián Piñera inspirou o hashtag #PiñeraMachista depois de propor, num ato em Linares, um "jogo".

    "Quero sugerir uma brincadeira muito divertida. Todas as mulheres se jogam no chão e se fazem de mortas. Depois, os homens nos jogamos em cima e nos fazemos de vivos."

    As mensagens de repúdio logo salpicaram nas redes e nos meios.

    A presidente Michelle Bachelet criticou a "piada": "Um estupro é a maior expressão de violência contra as mulheres. Brincar com isso é desprezar a todas nós e é inaceitável".

    Piñera se retratou na sequência: "Me desculpo pela piada de mau gosto que não afeta meu respeito pelas mulheres".

    ALLENDE TOTALITÁRIO

    No sábado (1), foi a vez de a candidata esquerdista Beatriz Sánchez dar uma "bola fora".

    A postulante da Frente Ampla, ao ser perguntada se era possível comparar seu plano de governo com o do ex-presidente socialista Salvador Allende, derrubado por um golpe militar em 1973, disse que: "eu prefiro um Estado que não seja totalitário e sim um Estado robusto, que possa empreender e mover a economia".

    Criticar o líder máximo da esquerda chilena caiu mal entre seus apoiadores. No próprio sábado, Sánchez se retratou: "Compartilho o sonho de Allende de Justiça com democracia e liberdade, longe do totalitarismo. Allende é inspiração para nossos desafios", declarou.

    POUCO DEMOCRÁTICO

    Já o candidato governista, Alejandro Guillier, foi acusado por seus opositores de ser antidemocrático por desestimular que os chilenos saíssem para votar neste domingo (2).

    Isso pelo fato de Guillier não ter tido de disputar a primária, pois foi o único escolhido para representar sua aliança política.

    "Eu diria que não saiam a votar, que preparem o churrasco e vejam o jogo [o Chile disputou a final da Copa das Confederações, na Rússia, e foi derrotado pela Alemanha por 1 a 0]. Depois façam uma boa sesta. Guardem o voto para depois", declarou, referindo-se às eleições presidenciais, em novembro.

    No domingo (2), o candidato também acabou pedindo desculpas pelo seu comentário.

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