• Mundo

    Saturday, 18-May-2024 08:02:28 -03

    Oposição convoca plebiscito contra Maduro para dia 16, diz jornal

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/07/2017 10h17 - Atualizado às 13h25

    A oposição da Venezuela deve realizar no dia 16 de julho um plebiscito contra o presidente, Nicolás Maduro, a convocação da Assembleia Constituinte e o papel das forças armadas do país, de acordo com cronograma do partido de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) obtido pelo jornal "El Nacional".

    A consulta popular, que não contaria com o aval do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), será duas semanas antes da eleição da Assembleia Constituinte.

    Os líderes da oposição planejam se reunir em um teatro em Caracas para fazer o anúncio que, embora não tenha caráter obrigatório, serviria como um termômetro para "mostrar que o país não quer essa Constituinte grotesca", acrescentou.

    De acordo com o jornal, o MUD convocou para o evento figuras públicas que são críticas ao governo Maduro, como a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz. Foram convidados também ex-ministros chavistas, juízes, militares aposentados e outros dissidentes.

    O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, não deu mais detalhes sobre o plebiscito e disse que técnico eleitoral do MUD, Roberto Picón, avaliava uma consulta para o país e por este motivo foi alvo de um sequestro realizado pelo Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional).

    A Constituição venezuelana permite a convocação de um plebiscito desde que seja por iniciativa do presidente, da maioria do Parlamento ou de pelo menos 10% de eleitores inscritos no Registro Eleitoral do país.

    CRISE

    Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos exigindo sua saída e que já deixou cerca de 80 mortos. Os protestos exigem a realização de eleições gerais.

    Na semana passada, o presidente venezuelano disse que um helicóptero da polícia lançou quatro granadas contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e disparou 15 tiros contra o Ministério do Interior e Justiça, ambos em Caracas. O mandatário classificou o episódio de "ataque terrorista".

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024