• Mundo

    Thursday, 02-May-2024 00:56:44 -03

    EUA confirmam que Coreia do Norte lançou míssil intercontinental

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/07/2017 23h46 - Atualizado às 20h51

    Reuters
    The intercontinental ballistic missile Hwasong-14 is seen during its test launch in this undated photo released by North Korea's Korean Central News Agency (KCNA) in Pyongyang, July, 4 2017. KCNA/via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. REUTERS IS UNABLE TO INDEPENDENTLY VERIFY THIS IMAGE. NO THIRD PARTY SALES. SOUTH KOREA OUT. ORG XMIT: GDY104
    O míssil intercontinental Hwasong-14 é lançado em teste norte-coreano na manhã de terça (4)

    O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, admitiu nesta terça-feira (4) que o míssil testado pela Coreia do Norte poucas horas antes era um artefato balístico intercontinental, o que coloca a tensão com o programa de armamentos de Pyongyang em um novo patamar pelo fato de, em tese, o projétil ter capacidade de atingir os EUA.

    Inicialmente, o Pentágono dizia acreditar que se tratava de um míssil de alcance intermediário, ou seja, incapaz de ameaçar o território americano. No comunicado, Tillerson não deu detalhes sobre o alcance do projétil testado, mas especialistas estimam que o Hwasong-14 poderia atingir alvos a até 6.700 km, pondo o Estado americano do Alasca em seu raio de alcance, mas não o território principal dos EUA.

    O secretário cobrou uma "ação global para deter uma ameaça global". Segundo ele, "todos os países devem demonstrar publicamente à Coreia do Norte que haverá consequências em sua busca por armas nucleares".

    AFP
    This picture taken and released on July 4, 2017 by North Korea's official Korean Central News Agency (KCNA) shows North Korean leader Kim Jong-Un (R) reacting after the test-fire of the intercontinental ballistic missile Hwasong-14 at an undisclosed location. North Korea declared on July 4 it had successfully tested its first intercontinental ballistic missile -- a watershed moment in its push to develop a nuclear weapon capable of hitting the mainland United States. / AFP PHOTO / KCNA VIA KNS / STR / South Korea OUT / REPUBLIC OF KOREA OUT ---EDITORS NOTE--- RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO/KCNA VIA KNS" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS THIS PICTURE WAS MADE AVAILABLE BY A THIRD PARTY. AFP CAN NOT INDEPENDENTLY VERIFY THE AUTHENTICITY, LOCATION, DATE AND CONTENT OF THIS IMAGE. THIS PHOTO IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY AFP. /
    O ditador Kim Jong-un comemora o lançamento do míssil Hwasong-14 nesta terça-feira (4)

    A reação americana vem após China e Rússia fazerem uma proposta para que as Coreias e os EUA aceitem um plano para reduzir as tensões provocadas por Pyongyang.

    Pelo pacto sugerido por Pequim e Moscou, o ditador Kim Jong-un suspenderia seu programa de mísseis, ao passo que Seul e Washington declarariam moratória simultânea nos exercícios de grande escala com mísseis.

    A proposta, porém, já recebeu um duro golpe com o anúncio dos EUA de que suas forças fizeram um teste conjunto com Seul, lançando mísseis que caíram em águas sul-coreanas. O exercício foi uma demonstração de poder de defesa diante do lançamento norte-coreano.

    Antes de ser confirmado o longo alcance do projétil, o presidente dos EUA, Donald Trump –que já dissera ter acabado a "paciência estratégica" do país com Pyongyang–, criticara o teste.

    "Este cara [Kim Jong-un] não tem nada melhor para fazer da vida? É difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão aguentar isso por muito tempo. Talvez a China pressione a Coreia do Norte e acabe com esta besteira de uma vez por todas!", escreveu Trump numa rede social.

    Na manhã desta quarta (5) em Pyongyang, Kim afirmou que o míssil foi um "presente aos bastardos americanos pelo Dia da Independência (4 de Julho)", de acordo com a agência estatal KCNA.

    O lançamento ocorre também a poucos dias da cúpula de líderes do G20, que será realizada na Alemanha. No encontro, os líderes de EUA, China, Japão e Coreia do Sul devem discutir maneiras de controlar Pyongyang.

    TESTE

    Horas após os sistemas de segurança da Coreia do Sul e do Japão terem detectado um projétil, o regime de Kim Jong-un disse que o teste foi concluído com sucesso e que o míssil seria "capaz de atingir qualquer ponto da Terra".

    De acordo com Pyongyang, o artefato subiu a uma altitude de 2.802 quilômetros antes de cair no mar do Japão, a 933 quilômetros da base de lançamento de Banghyon, no oeste do país. O tempo de voo foi de 39 minutos.

    O regime afirmou que o míssil seria capaz de carregar uma ogiva nuclear "grande e pesada", mas ainda é incerto se o país tem tecnologia suficiente para lançar mísseis com artefatos atômicos.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024