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    Unesco inclui Hebron na lista de patrimônio mundial; Israel protesta

    DA AFP

    07/07/2017 11h03 - Atualizado às 08h18

    Ammar Awad/Reuters
    An Israeli soldier walks past Ibrahimi Mosque, which Jews call the Jewish Tomb of the Patriarchs, in the West Bank city of Hebron July 7, 2017. REUTERS/Ammar Awad ORG XMIT: GGGSJS23
    Isralense caminha ao lado do Túmulo dos Patriarcas, ou Mesquita de Ibrahim, em Hebron

    A Unesco declarou nesta sexta-feira (7) "zona protegida" a área da antiga cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada. A entidade considerou o lugar de "valor universal excepcional em perigo".

    O tema foi a disputa mais recente entre palestinos e israelenses levada ao organismo internacional.

    Com 12 votos a favor, três contra e seis abstenções, o comitê reunido na cidade polonesa da Cracóvia decidiu incluir na lista de patrimônio mundial o centro histórico da cidade, que tem uma população de 200 mil palestinos e algumas centenas de colonos israelenses.

    Eles vivem em um território protegido por soldados perto do local sagrado que os judeus chamam de "Túmulo dos Patriarcas" e os muçulmanos de "Mesquita de Ibrahim".

    "A decisão é uma mancha moral. Esta organização irrelevante promove uma história falsa. Vergonhoso para a Unesco", escreveu no Twitter o porta-voz da diplomacia de Israel, Emmanuel Nahshon.

    Para autoridades palestinas, a decisão representa um "êxito" diplomático.

    Onde fica Hebron, na Cisjordânia

    "Esta votação é um êxito para a batalha diplomática travada pelos palestinos em todas as frentes ante a pressão israelense e americana sobre os Estados-membros", afirmou o ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

    Os palestinos afirmam que a cidade antiga de Hebron está ameaçada por um aumento "alarmante" do vandalismo contra propriedades palestinas na região, atos que atribuem aos colonos israelenses. Por este motivo, solicitaram à Unesco que declarasse a área antiga "zona de valor universal excepcional".

    As autoridades israelenses, por sua vez, consideram que a resolução sobre Hebron, que classifica a cidade de "islâmica", nega uma presença judaica de 4.000 anos na região. 

    O Túmulo dos Patriarcas é considerado o local que contém os restos mortais de Abraão, pai das três religiões monoteístas, de seu filho Isaac, seu neto Jacó e suas esposas Sara, Rebeca e Lia.

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