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    Jornais da Argentina mantêm linha editorial favorável a Mauricio Macri

    SYLVIA COLOMBO
    DE BUENOS AIRES

    12/07/2017 02h00

    Poucas semanas antes do segundo turno das eleições de 2015, quando as pesquisas indicavam uma provável vitória de Macri contra o governista Daniel Scioli, os dois mais importantes jornais argentinos, "La Nación" e "Clarín", adotaram posição favorável ao então opositor.

    A vitória de Macri foi vista por ambos como um alívio às pressões sofridas durante o kirchnerismo. Foi adotada, então, uma linha editorial favorável ao novo governo.

    Wolfgang Rattay - 7.jul.2017/Reuters
    O presidente da Argentina, Mauricio Macri, posa para foto com a mulher, Juliana Awada, na cúpula do G20
    O presidente da Argentina, Mauricio Macri, posa para foto com a mulher, Juliana Awada, na cúpula do G20

    "É um costume na Argentina: sempre em início de governo, nos primeiros meses, a mídia dá uma espécie de trégua e espera para ver o que vai acontecer", disse à Folha, à época, o então secretário de Redação do "La Nación", Héctor D'Amico.

    No caso de Macri, a tal "trégua" se estendeu por muito mais do que os primeiros cem dias de governo.

    No início do ano, o surgimento dos primeiros casos de corrupção envolvendo pessoas próximas a ele começou a quebrar esse apoio. O mais ruidoso foi o dos Correios, em que surgiram evidências de que o pai de Macri, o empresário Franco Macri, tivera uma dívida com o Estado amenizada depois que o filho assumiu a Presidência.

    Depois, veio o escândalo Odebrecht, que apenas começa a ter seus desdobramentos conhecidos. De cara, porém, um dos primeiros a serem expostos, por meio de delação, é um funcionário de confiança e amigo pessoal de Macri, o chefe do serviço de inteligência, Gustavo Arribas.

    "Clarín" e "La Nación" passaram a publicar os casos, mas continuam ainda mais críticos à ex-presidente Cristina Kirchner, cujos escândalos já foram parar nos tribunais argentinos.

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