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    Líder da Colômbia se distancia de Maduro e pede fim da Constituinte

    SYLVIA COLOMBO
    DE BUENOS AIRES

    18/07/2017 15h35

    Jaime Saldarriaga - 24.nov.2016/Reuters
    Colombia's President Juan Manuel Santos gives his speech after signing a new peace accord with Marxist FARC rebel leader Rodrigo Londono, known as Timochenko, in Bogota, Colombia November 24, 2016. Picture Taken November 24, 2016. REUTERS/Jaime Saldarriaga ORG XMIT: JS01
    O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos

    Um dos últimos aliados da Venezuela na região, a Colômbia vem dando sinais cada vez mais claros de afastamento do regime de Nicolás Maduro, tanto de parte do governo como da oposição.

    O presidente Juan Manuel Santos, que passou os últimos três anos tratando de não fazer críticas diretas ao mandatário do país vizinho —afinal, Maduro teve papel-chave nas negociações e na conclusão do acordo de paz colombiano com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)— voltou à carga nesta semana, pedindo que o colega "desmonte a Constituinte e busque uma solução negociada com a oposição".

    Santos já havia pedido que Maduro desistisse da eleição da Assembleia Constituinte, programada para o próximo dia 30. Em resposta, Maduro vem confrontando Santos, dizendo que, se este seguir com essa campanha, o venezuelano poderia colocar entraves à implementação do acordo de paz com a ex-guerrilha.

    Em sua visita a Raúl Castro, em Havana, na segunda-feira (17), Santos pediu ao cubano que interceda junto a Maduro para que desista da Constituinte e inicie diálogos com a oposição.

    DENÚNCIA EM HAIA

    Enquanto isso, liderados pelo principal pré-candidato da oposição às eleições presidenciais da Colômbia no ano que vem, o senador Iván Duque, apadrinhado por Álvaro Uribe, entregou nesta terça-feira (18), uma denúncia contra o líder venezuelano no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda.

    O documento, elaborado por congressistas colombianos, ligados ao Centro Democrático (partido de Uribe), e chilenos, da aliança Chile Vamos, de direita, afirma que o regime venezuelano vem cometendo vários delitos listados pelo Estatuto de Roma.

    "Entre eles o assassinato, a deportação e o transporte à força de oposicionistas, prisões e privações injustas de liberdade, tortura e perseguição, além da desaparição de pessoas", diz o texto do documento.

    Para Duque, "os governos da América Latina estão dizendo palavras muito bonitas nos salões de encontros multinacionais, mas na prática não vêm fazendo nada".

    Junto ao deputado chileno Felipe Kast, derrotado por Sebastián Piñera nas primárias presidenciais da direita, Duque afirmou que esse bloco de parlamentares dos dois países iria acompanhar e observar a resposta do TPI, pedindo que este "abra o mais rápido possível uma investigação formal de Maduro".

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