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    Vizinhos diminuem exigências para encerrar embargo ao Qatar

    DE SÃO PAULO

    19/07/2017 12h26

    AFP
    Prédios na região central de Doha, a capital do Qatar
    Prédios na região central de Doha, a capital do Qatar

    Vizinhos do Qatar reduziram suas demandas para reestabelecer as relações políticas e comerciais com o país, melhorando as perspectivas para solucionar a crise diplomática no Golfo.

    Representantes de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito disseram nesta quarta-feira (19) a repórteres na ONU (Organização das Nações Unidas) que seus países abriram mão da lista inicial de 13 exigências apresentadas ao Qatar para encerrar o embargo regional imposto em junho.

    Essa lista, rechaçada pelo Qatar, incluía exigências como o encerramento da emissora qatariana Al Jazeera, o fechamento de uma base mantida pela Turquia no país e o corte de relações com o Irã, rival regional da Arábia Saudita.

    Agora, os países que lideram o boicote apresentam uma lista menor, de seis exigências, que se concentram em torno de compromissos para cortar o financiamento a organizações terroristas como o Estado Islâmico, a Al Qaeda e a milícia xiita libanesa Hizbullah.

    Raio-X do Qatar

    O embaixador saudita na ONU, Abdallah al-Mouallimi, afirmou que as novas exigências foram acordadas em um encontro dos chanceleres da região em 5 de julho e que elas "devem ser de fácil aceitação para o Qatar". O país ainda não se manifestou sobre as novas exigências.

    O Qatar nega apoiar extremistas e diz que o boicote é uma tentativa de cercear a independência de sua política externa.

    Os Estados Unidos, aliados tanto dos dois lados na disputa, adotaram um discurso contraditório face à crise. Enquanto o presidente Doanld Trump expressou apoio ao boicote e reiterou o discurso de que o Qatar apoia o terrorismo, o secretário de Estado, Rex Tillerson, buscou mediar a situação e disse que a lista inicial de exigências ao Qatar era pouco realista e factível.

    Na semana passada, Tillerson se reuniu com o chanceler do Qatar, Mohammed al-Thani, e anunciou um acordo bilateral para o combate ao terrorismo.

    Desde o início do boicote, o Qatar precisou recorrer a importações de outros países para abastecer sua população de 2,3 milhões de pessoas. O Qatar é o maior produtor de gás natural do mundo e irá sediar a Copa do Mundo de 2022.

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