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    Autoridades palestinas pedem novos protestos mesmo com recuo de Israel

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/07/2017 09h38 - Atualizado às 16h39

    Apesar do recuo israelense e da retirada dos detectores de metais dos acessos da Cidade Velha de Jerusalém, autoridades palestinas afirmaram nesta terça-feira (25) que os protestos no terceiro lugar santo do islã continuarão.

    Nesta semana, a região foi palco de conflitos após Israel adotar novas medidas de segurança em decorrência de um ataque que matou dois policiais israelenses. Além dos detectores de metais, o governo instalou novas câmeras de segurança para coibir os atos de violência.

    As medidas irritaram os palestinos, que acusam Israel de tentar expandir seu controle sobre a região. Ao menos cinco palestinos e três israelenses morreram após o acirramento das tensões.

    Mesmo com a retirada dos detectores, o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, não vê perspectiva de paz. Ele exige um retorno aos procedimentos que estavam em vigor antes do ataque aos policiais israelenses.

    "Rejeitamos todos os obstáculos que restrinjam a liberdade de culto e exigimos a volta da situação em que as coisas estavam antes de 14 de julho", disse Hamdallah.

    O Waqf (órgão religioso responsável por administrar propriedades, mesquitas e escolas) disse que os fiéis vão continuar com boicote e orar do lado de fora da mesquita Al-Aqsa, localizada na Cidade Velha.

    "Não entrarei na Al Aqsa até que a situação volte a ser como antes [...] sem câmeras de vigilância, sem registros e sem detectores de metal ", disse o fiel Widad Ali Nasser.

    APELO

    Mais cedo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu aos muçulmanos do mundo inteiro que "visitem" e "protejam" Jerusalém.

    "Gostaria de lançar um apelo aos muçulmanos do mundo inteiro: façam uma visita a Jerusalém e à mesquita de Al-Aqsa", disse Erdogan. "Venham todos juntos proteger Jerusalém."

    "Sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, trata-se de uma tentativa de roubar a mesquita Al-Aqsa dos muçulmanos", afirmou o presidente turco.

    Ele terminou nesta segunda sua viagem por países do Golfo para aliviar a crise diplomática entre o Qatar e países árabes.

    O presidente turco visitou a Arábia Saudita e o Kuait, além do Qatar.

    "Acredito que nossa visita e nossos contatos [na região] foram um passo importante para reconstruir a estabilidade e a confiança mútua", disse Erdogan.

    Em junho, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito romperam as relações diplomáticas com o Qatar, acusando o país de apoiar o terrorismo.

    O Qatar nega apoiar terroristas e afirma que o boicote é uma tentativa de cercear a sua independência de sua política externa.

    O governo turco, que mantém relações estreitas com o Qatar, tem se esforçado nos últimos anos para aprofundar os vínculos também com a monarquia saudita.

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