Jonathan Ernst - 13.jun.2017/Reuters | ||
O secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, durante depoimento no Senado |
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Mundo
Monday, 29-Apr-2024 05:00:26 -03Trump volta a criticar secretário de Justiça e não o garante no governo
DE SÃO PAULO
25/07/2017 17h48 - Atualizado às 18h33
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer nesta terça-feira (25) que está "muito desapontado" com seu secretário de Justiça, Jeff Sessions, e não confirmou se ele continuará a integrar a administração.
Em entrevista coletiva, Trump reclamou da decisão do secretário de se afastar das investigações sobre a Rússia.
"Ele não deveria ter se afastado quase imediatamente após ser empossado, e se ele se recusaria, deveria ter me avisado antes da posse, e eu simplesmente teria escolhido outra pessoa", declarou.
"Eu acho que é algo ruim, não para o presidente, mas para a Presidência."
Questionado se pretende demitir Sessions, Trump afirmou: "Veremos o que vai acontecer. O tempo dirá."
A pasta chefiada por Sessions administra o FBI (polícia federal americana), que atualmente investiga os contatos de auxiliares de Trump com autoridades russas durante a campanha eleitoral.
Suspeita-se que as partes tenham conspirado para a Rússia interferir na eleição em favor do republicano por meio de ciberataques contra o Partido Democrata.
Sessions decidiu se afastar das investigações sobre a Rússia em março após a revelação de que ele havia se reunido com o embaixador russo em Washington durante a campanha.
Em junho, em depoimento sobre o caso ao Senado, o secretário negou ter feito conluio com os russos e classificou a acusação de "mentirosa e detestável".
Trump também disse esperar que Sessions fosse "muito mais duro" no combate a vazamentos nas agências de inteligência.
Desde a posse de Trump, em janeiro, vazamentos à imprensa revelaram disputas internas e problemas de coordenação do governo.
Mais cedo nesta terça-feira, Trump havia dito que Sessions é "fraco" e está "encurralado".
Ele reclamou da falta de iniciativa do secretário para investigar os "crimes" da democrata Hillary Clinton, derrotada por Trump na eleição.
Em comícios de campanha, Trump animava o público quando prometia "prender" Hillary por ela apagado e-mails trocados quando era secretária de Estado.
Mas, desde que conquistou a Presidência, o republicano vinha deixando de lado a retórica incisiva contra a rival. Não está claro se ele voltará a defender a prisão dela.
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