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    UE teme que novas sanções dos EUA à Rússia afetem segurança energética

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    26/07/2017 09h45

    A União Europeia expressou preocupação nesta quarta-feira (26) com as novas sanções contra a Rússia aprovadas na véspera pela Câmara dos Estados Unidos.

    O bloco regional teme que a medida, que ainda deve ser apreciada pelo Senado e seguir para sanção presidencial, afete empresas que atuam em gasodutos na Rússia e ameace o abastecimento energético da região.

    O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que as sanções "podem ter efeitos unilaterais não intencionais" e alertou para possíveis retaliações. "Se nossas preocupações não forem suficientemente levadas em consideração, nós estamos prontos para agir apropriadamente em questão de dias", disse.

    "A 'América em primeiro lugar' não pode significar que os interesses da Europa fiquem por último", afirmou Juncker, parafraseando um dos slogans do governo de Donald Trump.

    A França também apresentou ressalvas às sanções, dizendo que seu potencial efeito extraterritorial pode violar a lei internacional.

    LIMITE

    O projeto de sanções foi aprovado por ampla maioria da Câmara dos EUA na terça-feira (25). O texto limita a capacidade do Executivo de influenciar sobre as sanções sem aval do Congresso e pode incomodar o presidente Trump, defensor da reaproximação com Moscou.

    A medida pune a Rússia pela acusação de interferência na eleição de 2016, negada pelo Kremlin, e pela intervenção russa nos conflitos na Ucrânia e na Síria. O pacote também inclui sanções contra o Irã e a Coreia do Norte.

    A Rússia afirmou nesta quarta-feira que as novas sanções dos EUA colocarão as relações bilaterais em "território desconhecido" e ameaçou retaliar.

    "Isso tem um impacto extremamente negativo no processo de normalização das nossas relações", afirmou o vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov, à agência de notícias russa Interfax.

    O Irã também criticou as novas sanções dos EUA, prometendo responder a quaisquer violações do acordo de 2015 que limita o programa nuclear da república islâmica.

    "Se o inimigo desrespeitar uma parte do acordo, faremos o mesmo. Se desrespeitar a totalidade do acordo, faremos a mesma coisa também", declarou o presidente iraniano, Hasan Rouhani.

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