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    Supostas vítimas mentem, diz filial de igreja acusada de escravizar brasileiros

    DE SÃO PAULO

    26/07/2017 23h34

    Zanone Fraissat/Folhapress
    Ministério Evangélico Comunidade Rhema, em Franco da Rocha, é ligado à Word of Faith Fellowship
    Ministério Evangélico Comunidade Rhema, em Franco da Rocha, é ligado à Word of Faith Fellowship

    O Ministério Evangélico Comunidade Rhema, afiliada paulista da igreja acusada de traficar brasileiros para trabalho escravo nos EUA, disse que os relatos das supostas vítimas da congregação são mentirosos e distorcidos.

    A Word of Faith Fellowship teria usado a Comunidade Rhema, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), e uma outra igreja de São Joaquim das Bicas (MG) para aliciar jovens e levá-los à sua sede, na Carolina do Norte.

    A denúncia foi revelada na última segunda (24) pela Associated Press. À agência, os entrevistados dizem ter tido os passaportes confiscados e terem sido obrigados a trabalhar sem pagamento sob pena de surras e humilhações públicas.

    Em nota, os dirigentes da Comunidade Rhema declaram nesta quarta-feira (26) não tolerar ou permitir abusos e chamam os líderes da igreja americana de "pessoas idôneas". Também questionam os depoimentos:

    "Nenhuma pessoa que é abusada e escravizada, como querem fazer crer os comentários, continua a frequentar a mesma igreja por 20 anos", diz o comunicado, assinado por Juarez e Solange Oliveira e Paulo e Alice Santos.

    Leia a íntegra abaixo:

    *

    MINISTÉRIO EVANGÉLICO COMUNIDADE RHEMA
    COMUNICADO AO PÚBLICO

    Nós, os pastores do Ministério Evangélico Comunidade Rhema, estando chocados, consternados e entristecidos com os artigos recentemente publicados pela mídia, vimos esclarecer ao público que:

    Conhecemos o ministério Word of Faith Fellowship na Carolina do Norte, EUA, há mais de trinta anos, bem como os seus pastores, com os quais temos fortes laços de amizade e por quem temos grande consideração. São pessoas idôneas, vivem o amor de Deus, mas são caluniadas ao tentarem ajudar pessoas.

    Nós não toleramos e não permitimos nenhuma forma de abuso em nosso ministério. Os relatos publicados são porções de mentiras e fatos distorcidos.

    Nenhuma pessoa que é abusada e escravizada, como querem fazer crer os comentários, continua a frequentar a mesma igreja por 20 anos. Ou, ainda, escolhe voltar 20 vezes ao lugar em que é supostamente abusada, como mencionado por uma jovem, entrando e saindo do país.

    Queremos mais uma vez deixar registrado o nosso repúdio às declarações feitas por essas pessoas, que pretendem manchar a nossa reputação e o bom conceito de que gozamos em nossa região, perante diversas instituições com quem temos relações de colaboração e perante todos os nossos conhecidos e amigos.

    Pastores
    Juarez & Solange Oliveira e Paulo & Alice Santos

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