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    Após proibição a manifestações, atos da oposição se esvaziam na Venezuela

    DE SÃO PAULO

    28/07/2017 21h37

    Os protestos da oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ficaram esvaziados nesta sexta-feira (28), em todo o país, no primeiro dos cinco dias em que manifestações foram proibidas pelo governo chavista.

    O plano da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) era tomar as ruas de Caracas com manifestantes da capital e do interior. A mobilização, porém, ficou restrita a barricadas em avenidas e estradas e atos em bairros onde já havia protestos. Houve confrontos entre manifestantes e a Guarda Nacional em algumas cidades.

    Andres Martinez Casares/Reuters
    Moradores de Caracas contornam barricada montada por manifestantes mascarados em Caracas
    Moradores de Caracas contornam barricada montada por manifestantes mascarados em Caracas

    Apesar da participação reduzida, os opositores pediram para manter as barricadas até o meio-dia deste sábado (29). Para o dia da votação, o ex-presidenciável Henrique Capriles convocou as pessoas a ocuparem as ruas.

    "A Venezuela não quer a Constituinte, e a comunidade internacional não a reconhecerá.", disse. "Hoje conseguimos uma maioria, e esta maioria despertou. Queremos caminhar em direção a uma outra Venezuela."

    Os opositores ainda condenaram a prisão do prefeito de Barquisimeto, Alfredo Ramos. Ele foi condenado pelo Tribunal Supremo de Justiça a 15 meses de detenção por desacato a uma decisão da Corte que o obrigava a tirar barricadas das ruas —é o segundo a ser capturado pelo mesmo motivo nesta semana.

    Enquanto ocorriam os protestos, Maduro foi a uma homenagem a seu padrinho, Hugo Chávez, que completaria 63 anos nesta sexta. Antes, disse que seus rivais já foram derrotados. "Senhores da MUD, rendam-se! O povo vai castigá-los no próximo domingo com o voto."

    Nesta sexta, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) liberou os cidadãos a votarem em qualquer seção eleitoral, sob a justificativa de "ameaça de ataques opositores". Horas depois, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que não reconhecerá o resultado da Constituinte.

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