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    Japão relembra 72 anos da bomba atômica e pede desarmamento

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/08/2017 11h36

    Kyodo/Reuters
    Crianças realizam oração perto do rio Motoyasu, em lembrança das vítimas no 72º ano da explosão da bomba atômica em Hiroshima, no Japão
    Crianças realizam oração perto do rio Motoyasu, em lembrança das vítimas no 72º ano da explosão da bomba atômica em Hiroshima, no Japão

    Os japoneses relembraram neste domingo (6) o primeiro bombardeio atômico da história, lançado há 72 anos contra Hiroshima, cidade do sul do arquipélago.

    Em 6 de agosto de 1945, às 8h15, um bombardeiro B-29 americano batizado "Enola Gay" lançou sobre a cidade a bomba atômica "Little Boy".

    Três dias depois, outra bom atômica, "Fat Man", devastou Nagasaki, o que levou à rendição japonesa, em 15 de agosto, e ao final da Segunda Guerra Mundial.

    Com uma potência equivalente a cerca de 16 quilotoneladas de TNT, a bomba de Hiroshima causou uma deflagração que subiu a temperatura no solo a 4.000º C. "Little Boy" provocou, naquele mesmo dia e nas semanas seguintes, 140 mil mortos.

    Em Nagasaki, o ataque causou 74 mil vítimas mortais.

    Coincidindo com este aniversário, o Japão volta a se deparar com a polêmica questão das armas nucleares.

    Há um mês, o Japão se uniu a outras potências nucleares, entre elas Estados Unidos, França e Reino Unido, críticas ao tratado adotado recentemente pela ONU para proibir as armas nucleares.

    Neste domingo, durante a cerimônia oficial anual no Memorial da Paz de Hiroshima, o primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou que o Japão espera militar por um mundo sem armas nucleares de maneira que todos os países estejam de acordo.

    "Para alcançar realmente um mundo sem armas nucleares, precisamos da participação tanto dos Estados nucleares como dos Estados não-nucleares", afirmou.

    "Nosso país quer mostrar o caminho para a comunidade internacional" para avançar na direção do desarmamento nuclear, acrescentou, sem mencionar o tratado da ONU.

    O Japão criticou este tratado ao considerar que aumentava a distância entre os países que dispõem de armamento nuclear e aqueles que não o possuem.

    Nenhum dos nove países que contam com um arsenal nuclear -Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China, França, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel- participou nas negociações do acordo.

    As duas bombas atômicas lançadas pelos americanos precipitaram a capitulação do Japão no dia 15 de agosto de 1945 e, de fato, o fim da Segunda Guerra Mundial.

    Muitos japoneses consideram a destruição dessas duas cidades como crimes de guerra, uma vez que os alvos foram civis e sua capacidade de devastação sem precedentes.

    Enquanto isso, muitos americanos acreditam que estes bombardeios, que precipitaram o fim da guerra entre os Estados Unidos e o Japão, impediu a perda de mais vidas.

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